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Grêmio chama decisão de 'caso Gallardo' de pífia e analisa recurso

Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, criticou decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol - Lucas Uebel/Grêmio
Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, criticou decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

03/11/2018 21h39

A decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol no 'caso Gallardo' irritou o Grêmio. Neste sábado (3), após o órgão definir punição somente ao treinador e não aplicar sanção ao River Plate, o clube gaúcho se mostrou indignado. Romildo Bolzan Jr., presidente gremista, chamou a sentença de absurda. O clube analisa se entrará com recurso na Câmara de Apelações.

Marcelo Gallardo recebeu multa de 50 mil dólares (R$ 184,7 mil na cotação atual) e três jogos de suspensão. Além disso, o treinador do River Plate está proibido de ir ao primeiro jogo da final da Libertadores, no estádio do Boca Juniors, no dia 10 de novembro.

"É uma profunda decepção e que me faz rever muitos conceitos. O que aconteceu nesse um dia e meio de deliberação, alguém um dia vai contar. Se fosse para tomar essa decisão tão pífia e escrever em duas folhas e meia… Sinceramente. O Grêmio fez o que tinha de fazer, de cabeça erguida e com muita hombridade. Está dizendo que a decisão é absurda, antijurídica e afrontosa. O tribunal se coloca de cócoras", disse Bolzan Jr. à rádio Gaúcha.

O Grêmio havia pedido reversão de pontos e consequente classificação à final da Libertadores. A peça jurídica do clube gaúcho defendia que a presença de Gallardo no vestiário da Arena e comunicação ininterrupta com auxiliares durante o jogo configurou incidente grave.

"É uma decisão que desmoraliza e desacredita por inteiro o futebol sul-americano. É praticamente incentivar processo de consumar a falcatrua", declarou o presidente do Grêmio.

A decisão do Tribunal Disciplinar ainda diz que cabe recurso, mas vedou a possibilidade de obtenção de efeito suspensivo. Ou seja, o Grêmio não poderá tentar a paralisação da final.

"Vamos examinar o recurso, ver se cabe e até onde podemos ir (...) O jogo vai ser jogado. E jogo jogado é resultado posto. Podemos recorrer por dignidade, mas a final vai ser jogada", declarou Romildo Bolzan Jr.