Topo

Semifinais da Liga dos Campeões reúnem "melhor futebol" e a "melhor liga"

Jogadores do Barça comemoram o gol da classificação, marcado por Pedro - AP Photo/Emilio Morenatti
Jogadores do Barça comemoram o gol da classificação, marcado por Pedro Imagem: AP Photo/Emilio Morenatti

Fernando Duarte

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

11/04/2013 06h00

Ainda que o emparceiramento só vá ser decidido nesta sexta-feira, em um sorteio na sede da Uefa, em Nyon (Suíça), já é certo que as semifinais da Liga dos Campeões de 2013 serão uma disputa particular entre o melhor futebol e a melhor liga do mundo pela hegemonia europeia.

O principal argumento é que de um lado estarão Real Madrid e Barcelona, a base da seleção espanhola bicampeã continental e dona do título mundial, enquanto do outro estarão Bayern de Munique e Borussia Dortmund, as estrelas da  Liga Alemã, que nos últimos anos se transformou no mais popular dos grandes campeonatos e num bastião de resistência contra a entrada dos oligarcas no futebol.

Os quatro são também as únicas equipes de seus países que podem se gabar de terem vencido a Liga dos Campeões, ainda que numa comparação direta, a Espanha leve vantagem de sobra, com 13 títulos (nove do Real e quatro do Barcelona) contra apenas cinco dos alemães (quatro do Bayern e um do Borussia). Entre os semifinalistas, apenas o Barcelona não tem poeira em sua coleção europeia de troféus, tendo sido campeão três vezes nos últimos sete anos – Bayern e Real não levantam a taça desde 2001 e 2002, respectivamente, ao passo que a única conquista do Borussia foi em 1997.

Os espanhóis podem também se gabar de serem os clubes mais ricos do mundo de acordo com a mais recente lista anual da consultoria Deloitte. Bayern e Borussia, porém, acenam com a Bundesliga, cuja média de público de 45 mil torcedores por partida é a maior da Europa (a Espanha é a terceira) e cujo regulamento é considerado um exemplo de responsabilidade corporativa e fiscal no futebol europeu.

Os alemães proíbem que o controle acionário de seus clubes caia na mão de estrangeiros e insistem numa venda coletiva dos direitos de transmissão de TV como tentativa de amenizar o maior poderio dos grandes clubes – na Espanha, a venda é individual e resulta numa concentração de renda nos cofres de Real e Barcelona e em dívidas astronômicas para as equipes de menor porte que tentam chegar perto.

Um grande endosso do apelo da Bundesliga foi dado por ninguém menos que Pep Guardiola, o treinador que comandou o Barcelona na conquista de duas Ligas dos Campões, dois Mundiais Interclubes e três títulos espanhóis. Depois de um ano sabático, ele anunciou em janeiro que assumirá o Bayern a partir da próxima temporada.

No cenário nacional, ele terá como nêmesis Jurgen Klopp, técnico de 45 anos e que nas últimas temporadas levou a melhor sobre o time de Munique com o Borussia na Alemanha. Na Liga dos Campeões de 2013, o Borussia vem chamando a atenção desde que se classificou à frente de Real Madrid e do bilionário Manchester City, na Inglaterra, nas fase de grupos.

Alemães e espanhóis vêm cruzando o caminho um dos outros no futebol de seleções. Enfrentaram-se na final da Eurocopa de 2008 e nas semifinais do Mundial de 2010 – as duas equipes, por sinal, estão entre as favoritas para a Copa do Mundo do Brasil.    

MESSI ENTRA NO SEGUNDO TEMPO E BARCELONA SE CLASSIFICA

  • Classificação no sufoco é a nova moda da Liga dos Campeões. Após os épicos avanços de Real Madrid e Borussia Dortmund, na última terça-feira, o Barcelona precisou suar a camisa para eliminar o Paris Saint-Germain, nesta quarta, na Espanha. Após começar com Messi no banco e sair atrás no placar, o time anfitrião colocou o argentino em campo e buscou um empate por 1 a 1, resultado que colocou o Barça nas semifinais.

    Os 96.022 torcedores que foram ao Camp Nou ficaram calados quanto o argentino Pastore recebeu ótimo passe de Ibrahimovic, aos cinco minutos do segundo tempo, ganhou na corrida de Daniel Alves e bateu cruzado para fuzilar Valdés. Só aí o técnico Tito Vilanova resolveu lançar Messi, no lugar do inoperante Fábregas. 

    A entrada do camisa 10, mesmo ainda se recuperando de lesão muscular na coxa direita, alterou completamente o duelo. O PSG passou a atuar totalmente recuado, e se segurava à base dos desarmes do brasileiro Alex e das defesas do goleiro.

BAYERN FRUSTRA FESTA DA TORCIDA E ELIMINA A JUVENTUS NA ITÁLIA

  • AFP PHOTO / GIUSEPPE CACACE

    Mosaico de coração, festa e muita cantoria. Foi assim que a torcida da Juventus se comportou nas arquibancadas em Turim para apoiar seu time. No entanto, saíram frustrados ao verem seu time ser derrotado e eliminado pelo Bayern de Munique na Liga dos Campeões nesta quarta-feira. Com uma vantagem de dois gols conquistada em casa, o Bayern de Munique apostou na organização para vencer a Juventus em Turim por 2 a 0 e conquistar uma vaga na semifinal da Liga dos Campeões. Mandzukic e Pizarro fizeram os gols da vitória dos alemães. LEIA O RELATO COMPLETO DO JOGO

BARCELONA AGRADECE SACRIFÍCIO DE MESSI E ELOGIA PODER DE INTIMIDAÇÃO

  • AFP PHOTO/ JOSEP LAGO

    Até mesmo os jogadores do Barcelona admitem que a entrada de Messi foi determinante para conseguir o empate com o PSG e avançar à semifinal da Liga dos Campeões nesta quarta-feira. O argentino entrou em campo no lugar de Fábregas, aos 17min do segundo tempo e iniciou a jogada que culminou no gol de Pedro.

    “Temos que dar graças a Messi, desde que ele entrou a equipe deu uma virada. Messi fez um grande esforço, é importante para nós e tudo saiu bem”, disse Pedro ao jornal espanhol Marca após a partida no Camp Nou.

    Andoni Zubizarreta, diretor do Barcelona, também disse que a equipe deve agradecer ao sacrifício do camisa 10, que entrou mesmo sem estar em plenas condições físicas, arriscando-se até a ter que jogar uma prorrogação, caso o jogo fosse 2 a 2.