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Portões fechados e pênalti de convocado por Dunga ajudam Bayern a vencer

Do UOL, em São Paulo

30/09/2014 14h50

O Bayern de Munique já é acostumado a atuar com a forte pressão de torcidas adversárias, imagina sem? Foi o que aconteceu nesta terça-feira. O clube alemão foi à Rússia e derrotou o CSKA por 1 a 0 pelo grupo E da Liga dos Campeões da Europa. A partida foi realizada com portões fechados. Logo, o que parecia difícil mesmo com a presença em massa de seus torcedores, ficou ainda mais complicada para os russos.

Punido pela Uefa devido a atos racistas de parte da torcida, o CSKA foi obrigado a atuar sem público na Arena Khimki, o que impossibilitou o clima de “caldeirão” e forçou os donos da casa a jogarem totalmente retrancados. Sem pressão, o Bayern conseguiu impor o seu estilo de jogo no meio de campo e venceu graças ao gol de Thomas Müller.

O confronto também ficou marcado pelo pênalti feito pelo lateral direito Mario Fernandes, convocado pelo técnico Dunga para a seleção brasileira.  O jogador deu um carrinho desnecessário sobre Mario Götze, que estava rodeado por zagueiros, e o árbitro não pensou duas vezes para assinalar a penalidade.

O resultado deixou o Bayern, pelo menos por enquanto, na liderança do grupo E. Com seis pontos, o time alemão torce por um tropeço da Roma contra o Manchester City para ficar isolado no primeiro lugar. Já o CSKA está com duas derrotas e na última posição.

Fases do jogo: Quase sempre jogar contra o Bayern de Munique significa dar a bola para o time alemão e esperar pelo contra-ataque. Só que saber como a equipe de Pep Guardiola joga não quer dizer, nem um pouco que será possível vencer. Desde os primeiros minutos, os alemães tomaram conta do meio de campo e encurralaram os russos na própria intermediária. Posicionado com os 10 homens atrás da linha da bola, o CSKA apostou em uma jogada rápida do nigeriano Musa para tentar surpreender.

A tática, pelo menos defensivamente, funcionou até os 20 minutos do primeiro tempo, quando Mario Fernandes deu um carrinho em Götze e o árbitro marcou pênalti. Thomas Müller bateu firme no meio e abriu o placar. Com a vantagem, os bávaros diminuíram o ritmo e permitiram que os donos da casa se soltassem mais ofensivamente, deixando o jogo um pouco mais franco.

Apesar das aberturas, nenhuma equipe fez por merecer um gol no segundo tempo. O Bayern encontrou mais dificuldade para furar a retranca do CKSA. Já o time russo não conseguia atacar com qualidade.

O melhor – Thomas Müller – Autor do gol da vitória, Müller foi a principal arma ofensiva dos alemães. Alternando jogadas rápidas com um jogo mais cadenciado, o astro ditou o ritmo do ataque bávaro.

O pior – Mario Fernandes – O lateral brasileiro foi infeliz no pênalti que fez sobre Götze e atrapalhou o sistema de jogo defensivo armado pelo time russo.

Toque dos técnicos: O 4-5-1 sem vergonha de assumir o aspecto defensivo armado pelo técnico do CSKA, Leonid Slutsky, foi interessante. Mesmo com o resultado adverso, os russos conseguiram evitar uma goleada e tiveram algumas chances com Musa.

Para lembrar

Clima de treino coletivo: O CSKA teve que atuar na Arena Khimki e sem torcida. A punição aconteceu devido ao ato racista de parte da torcida na partida contra o Viktoria Plzen em fevereiro. Assim, era possível ouvir claramente os gritos dos jogadores e as ordens que vinham do banco de reservas.