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Paulista - 2019

Liberado, torcedor diz à polícia que barras de ferro seriam usadas para briga no Morumbi

Polícia interceptou torcedor do Santos que levava arsenal ao estádio - Fernando Donasci/UOL
Polícia interceptou torcedor do Santos que levava arsenal ao estádio Imagem: Fernando Donasci/UOL

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

04/03/2013 14h34

Um torcedor do Santos, cuja identidade não foi revelada pela Polícia, assinou Termo Circunstanciado (infração considerada de menor gravidade) na noite de domingo e foi liberado horas depois de ter sido abordado com barras de ferro, pedaços de madeira e rojões no interior de seu veículo, na Zona Oeste de São Paulo, pouco antes do clássico entre Santos x Corinthians, no Morumbi.

Em registro efetuado na 14º Distrito Policial de São Paulo, em Pinheiros, o indivíduo informou que o arsenal encontrado no automóvel seria utilizado para se defender de possível confronto com torcedores do Corinthians nas proximidades do estádio.

O clássico entre Santos e Corinthians ocorreu na tarde de domingo, com empate por 0 a 0.

Foram encontrados no veículo mais de 20 barras de ferros, um ingresso para o clássico, além de pedaços de madeira, rojões, bonés e camisetas da Torcida Jovem. O torcedor tem 24 anos e é analista de sistema. A interceptação foi possível graças a uma denúncia anônima feita à PM.

Liberado, o membro da uniformizada santista terá seu caso analisado pelo Juizado de Pequenas Causas.

Ele não corre risco de ser preso. Isso porque ele foi registrado no artigo Art. 41-B (promover tumulto, praticar ou incitar a violência), que não é considerado infração grave. Mesmo que seja denunciado e pegue pena máxima (dois anos de reclusão), o torcedor terá sua punição revertida em prestações de serviços.

TORCEDORES IGNORAM VETO DA FEDERAÇÃO E VÃO A ESTÁDIOS

  • Medida adotada pela Federação Paulista de Futebol desde 2011 para tentar vetar a presença de torcedores envolvidos em incidentes policiais em jogos de futebol, a lista de banidos nos estádios da entidade já conta com mais de 100 nomes.

    A ação, entretanto, se mostrou ineficaz, já que as torcidas organizadas ignoram o impedimento e seus associados seguem frequentando jogos normalmente em São Paulo, o que é admitido pela própria Federação Paulista.

    Vetado de entrar nos estádios em jogos de futebol desde março de 2012, o presidente da Mancha Alviverde, Marcos Ferreira, assume que ele e outros associados da entidade que estão na lista já foram às partidas do Palmeiras desde então.