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Ex-presidente do Flamengo entra com pedido de impeachment de Patricia Amorim

Márcio Braga, que presidiu o Flamengo durante quase 15 anos, pede saída de Patricia - Folha Imagem
Márcio Braga, que presidiu o Flamengo durante quase 15 anos, pede saída de Patricia Imagem: Folha Imagem

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/07/2012 11h01

Apesar do acerto com Dorival Júnior e da expectativa de dias melhores dentro de campo, o Flamengo segue vivendo uma intensa crise nos bastidores. Nesta quinta-feira, o ex-presidente Márcio Braga entrará com um pedido de impeachment da atual mandatária do clube, Patricia Amorim. O documento será entregue ao Conselho Deliberativo para que o mesmo aprecie o caso.

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  • Pedro Ivo Almeida/ UOL

    O Flamengo divulgou na tarde desta quarta-feira um comunicado confirmando a viagem da presidente Patricia Amorim a Londres. No entanto, o principal ponto da nota oficial publicada no site rubro-negro foi a divulgação de um plano de reformulação na diretoria do clube. A mudança na gestão tem como objetivo principal limitar o poder de alguns vice presidentes, como Michel Levy (foto), após uma crise interna ocorrida nas últimas semanas

Apoiado pela correntes opositoras da política rubro-negra, Márcio Braga se baseia em um artigo da Lei Pelé para tentar a retirada de Patricia do cargo. O ex-presidente preparou um extenso documento que usa a justificativa de "gestão temerária" como principal argumenta na luta de bastidores contra a atual mandatária.

Segundo Márcio a ação foi tomada após uma série de reclamações ouvidas dentro e fora do clube sobre a gestão de Patricia Amorim.

"Eu queria até me afastar um pouco, mas escutei tantas coisas por aí, tantos pedidos, que não aguentei. Preparamos um documento com uma série de coisas que consideramos absurdas nesta gestão. Diante de tantos problemas, acredito que ela possa sofrer um impeachment. A Patricia fora do clube é a vontade de todos os flamenguistas de verdade", bradou Márcio Braga.

O documento que será entregue aos conselhos do clube questiona, principalmente, os contratos firmados pela atual diretoria. O ex-presidente e seus pares políticos questionam os modelos de pagamentos de jogadores como Ronaldinho Gaúcho e o vínculo de prestação de serviços com algumas empresas que atuam na sede da Gávea.

Apesar do pedido elaborado pela oposição, os partidários da situação não acreditam em um impeachment. Muitos aliados de Patricia Amorim não enxergam fundamentação no documento e acreditam que o documento é apenas uma tentativa dos membros opositores de tumultuarem o ambiente do clube em ano eleitoral.

Uma possível votação de impeachment da atual mandatária só poderia ser realizada após a aprovação dos conselhos deliberativo, fiscal e de beneméritos.

A assessoria de imprensa da presidente Patricia Amorim foi procurada para comentar o assunto, mas não respondeu os contatos telefônicos da reportagem do UOL Esporte. A presidente do Flamengo embarca para Londres nesta quinta-feira, onde assistirá os Jogos Olímpicos.