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Motivo de discórdia com o Santos, salário de Ganso será menor no São Paulo

Salário de Ganso não ultrapassará o "teto" do SP. Meia não ganhará mais que R$ 350 mil - Ricardo Nogueira/Folhapress
Salário de Ganso não ultrapassará o "teto" do SP. Meia não ganhará mais que R$ 350 mil Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Ricardo Perrone e Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo e Santos (SP)

15/09/2012 02h40

O meia Paulo Henrique Ganso só pensa em vestir a camisa do São Paulo. O jogador, inclusive, aceitou receber um salário menor no Morumbi. O atleta ignorou os R$ 420 mil mensais – somando ordenado e patrocínios – oferecidos pelo Santos, para ganhar entre R$ 300 e R$ 350 mil no Tricolor paulista. Esse é o teto do clube do Morumbi, segundo os dirigentes do clube. O contrato oferecido ao meia é de cinco temporadas.
 
Assim, Ganso não ganhará mais do que o astro Rogério Ceni. Ele também receberá, de acordo com um dos envolvidos na negociação, menos do que ganharia se fosse para o Grêmio, cuja proposta foi recusada pelo jogador nesta sexta-feira.
 
 
DIS, empresa dona de 55% dos direitos econômicos do jogador, e São Paulo chegaram a um acordo em longa reunião nesta sexta-feira. Ganso conversou por cerca de 30 minutos com o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio e também bateu o martelo.
 
Ficou decidido que São Paulo e DIS pagarão ao Santos os R$ 23,8 milhões referentes a 45% da multa rescisória. Durante a reunião, foram feitas por telefone várias consultas ao Santos, que ainda não deu uma resposta.
 
Tanto a empresa como o São Paulo não revelam como serão divididos o pagamento e a distribuição dos direitos econômicos entre ambos. As duas partes esperam que o Santos responda até segunda.
 
Cabeça no Morumbi
 
Ganso explicou ao Grêmio que seu desejo é defender o São Paulo. Mas mesmo antes disso era certo que o atleta não queria mais ficar na Vila Belmiro. O jogador entrou em rota de colisão com a diretoria santista e, por isso, prefere ganhar menos no Morumbi. A relação começou a apresentar problemas em 2010, quando o clube não reformulou o contrato do atleta em meio à recuperação de uma cirurgia no joelho.

Entretanto, o estopim para seu desejo de sair foi o protesto da torcida após o jogo contra o Bahia, na Vila Belmiro, no último dia 29. Ganso, que recebeu uma “chuva de moedas” e foi chamado de mercenário na saída de campo, ficou temeroso em continuar na cidade, pois não sente a proteção dos dirigentes do clube.

Pelo contrário, o atleta acredita que o presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro e companhia o “jogaram” contra os torcedores, quando publicaram uma nota oficial em que o meia admitia ser "um prazer jogar no São Paulo", clube que fez proposta para contratá-lo.