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Botafogo busca descentralização de poder e divisão de funções na diretoria em 2013

Após saída de A. Barros, Botafogo busca dividir poder e tarefas a partir de 2013 - Montagem/ UOL Esporte
Após saída de A. Barros, Botafogo busca dividir poder e tarefas a partir de 2013 Imagem: Montagem/ UOL Esporte

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/12/2012 06h07

O desligamento de Anderson Barros e o anúncio de uma nova estrutura na diretoria têm um objetivo claro no Botafogo: descentralizar o poder de uma só pessoa e dividir as funções em mais funcionários.  O que no atual organograma será distribuído em cinco coordenações - antes era tudo acumulado com o ex-gerente de futebol. Contratações de atletas, administrações de crises internas, elaborações de contratos, negociações com hotéis, viagens entre outros assuntos serão delegados aos cinco micro departamentos a partir de 2013.

O responsável pelo futebol é o vice Chico Fonseca, que comandará os demais funcionários. Abaixo existem duas gerências. O gerente técnico é Sidnei Loureiro, que basicamente ficará de frente com tudo o que acontece na parte de campo, será o contato entre os demais diretores e a comissão técnica e jogadores. Já Aníbal Rouxinol será o gerente executivo. Ele terá papel fundamental na elaboração de contratos, além de fortalecer a imagem institucional do Botafogo nas federações e na CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

“Abaixo desses dois gerentes, funcionarão cinco coordenações. Uma jurídica [André Alves], de comunicação [Carlo Carrion], administrativa [Adriano Colares], médica [será anunciado] e técnica [Clauber Rocha]. Elas funcionarão de forma subordinada às gerências executiva e técnica. A coordenação médica será ocupada por um profissional que estaremos trazendo. Será o único a vir de fora. O restante será apenas realocado no próprio Botafogo”, disse Chico Fonseca.

A função de Aníbal, inclusive, é uma novidade dentro do Botafogo. Ele já atuava como braço direito de Anderson Barros em várias situações, mas com a nova estrutura ganhou mais responsabilidades. Uma delas será fortalecer a imagem do Botafogo, o que foi exaltado pelo vice de futebol, Chico Fonseca.

BOTAFOGO MUDA DIRETORIA E TROCA A. BARROS POR DUPLA DE DIRIGENTES

  • Após decretar o desligamento do gerente de futebol Anderson Barros, o Botafogo anunciou a nova estrutura da diretoria. O ex-dirigente alvinegro será substituído por dois funcionários: o gerente executivo Aníbal Rouxinol e o gerente técnico Sidnei Loureiro. A dupla será responsável por cinco micro departamentos, que auxiliarão em tudo o que for relacionado ao futebol.

“O Botafogo tem um trabalho extracampo, toda instituição tem. É a relação institucional e óbvio que temos isso, mas estamos procurando fortalecer essa relação. Essa imagem do Botafogo externamente. Cabe um trabalho mais efetivo, tanto na FERJ [Federação de Futebol do Rio] como na CBF [Confederação Brasileira de Futebol]. Esse trabalho será antenado e quem estará a frente dele é o Aníbal [Rouxinol], comentou.”

As mudanças na estrutura da diretoria afetarão também a comissão técnica. O treinador Oswaldo de Oliveira não terá tanta liberdade para indicar atletas como foi em 2012. Fellype Gabriel, Vitor Júnior e Rafael Marques vieram desta forma e apenas o primeiro caiu nas graças da torcida. No novo organograma, o comandante sugerirá nomes, que serão avaliados por alguns dirigentes, entre eles o presidente Maurício Assumpção.

“A partir da minha gestão como vice de futebol, o treinador atuará juntamente com todo um staff. Hoje temos um organograma onde ele participa da escolha de contratação ou da dispensa. Faz parte dessa estrutura. Ele trabalhará e terá voz. Nos ajudará tanto para contratar como para dispensar. Afinal de contas é ele quem coloca o time em campo. O Botafogo monta a sua equipe de trabalho e surgirá nomes. O treinador acata ou não e vice-versa. Trabalhamos hoje em um colegiado”, finalizou.