Contrato da Penalty tem participação de menos de 5% no orçamento de 2013 do São Paulo

Comemorado no Morumbi, o valor a ser pago pela Penalty ao São Paulo em 2013 corresponde a menos de 5% do orçamento do clube para este ano. O UOL Esporte apurou que, já com aprovação do conselho, a presidência são-paulina terá R$ 311 milhões à disposição para trabalhar nesta temporada. Desse total, de R$ 13 milhões a R$ 15 milhões estão previstos como entrada de dinheiro vindo do acordo com a empresa de material esportivo.

Ao anunciar o acordo, a equipe do Morumbi divulgou R$ 35 milhões como valor integral a ser pago anualmente pela Penalty. O montante inclui não apenas o dinheiro a ser investido como patrocínio, mas também o que entrará no clube em material esportivo, como camisas de treino, de jogo, calção, meião, jaquetas e tudo o que diz respeito à linha produzida. A prática é tradicional no mercado e usada em todos os clubes.

O aumento em relação ao que o clube ganhava com a Reebok, aliás, é um dos responsáveis para que o orçamento de 2013 do São Paulo tivesse um aumento de cerca de R$ 40 milhões em relação à temporada passada. Vale destacar que o orçamento não conta, por exemplo, com os mais de R$ 100 milhões obtidos com a venda de Lucas.

Oficialmente, a Penalty não fala do assunto. Em contato com a reportagem, a marca de material esportivo afirmou apenas que os valores são confidenciais e não serão divulgados em nenhum momento, mas admitiu que todo o montante não entrará no clube em dinheiro.

A empresa ainda informou que, no dia 17 de janeiro, na apresentação da nova camisa, os executivos poderão dar algumas informações sobre a diferença nas propriedades entre o que entrará em dinheiro e em material.

Site divulgou que time e empresa inflaram valores

O site da revista "Época Negócios", em reportagem divulgada na última quarta-feira, afirmou que, além de receber apenas R$ 13 milhões em dinheiro, o São Paulo e a Penalty inflaram o montante que entra em forma de material.

Segundo a coluna, a conta são-paulina considera que todas as 110 mil peças que serão fornecidas têm o custo de R$ 200, quando, na verdade, esse preço é verdadeiro apenas para as camisas de jogo. Um meião, por exemplo, não terá o mesmo valor.

São Paulo se revolta com informação

O São Paulo divulgou nota oficial desqualificando não só a informação, mas também o repórter que veiculou a matéria. O comunicado, que é assinado pelo vice-presidente de comunicação e marketing, Julio Cesar Casares, afirma que a reportagem tem motivação pessoal, clubística e de revanchismo.

"Em todas as rubricas do contrato mencionadas pela matéria há erros e imprecisões. Nenhuma delas sequer se aproxima da realidade do que foi efetivamente avençado, o que condena em absoluto a referida reportagem em todos os seus termos e, em especial, no que tange à conclusão a que, equivocadamente, o jornalista responsável pretende induzir os seus leitores", afirma a nota.

"Quanto ao mais, o SPFC compreende que a matéria em referência está eivada por uma combinação de sentimentos ruins, tais como: o ego ferido do jornalista que já houvera sido desmentido sobre esse mesmo tema recentemente, bem como paixões clubísticas e outras motivações subalternas, que, colocadas em detrimento da responsabilidade jornalística, somente poderiam resultar, como efetivamente resultaram, em material de conteúdo jornalístico absolutamente imprestável na medida em que não atinge a finalidade precípua de bem informar os leitores e o público em geral", completa o comunicado.