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Botafogo 'aposenta' máquina de R$ 1,5 mi usada no gramado do Engenhão

Mesmo sem maratona de jogos, clube mantém plano para cuidar da grama do Engenhão - Bernardo Gentile/UOL Esporte
Mesmo sem maratona de jogos, clube mantém plano para cuidar da grama do Engenhão Imagem: Bernardo Gentile/UOL Esporte

Bernardo Gentile e Luiz Gabriel Ribeiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/04/2013 06h02

A interdição do Engenhão mexeu em diversos setores do Botafogo. Em uma das frentes para lidar com o fechamento do estádio – causado por problemas na cobertura –, a diretoria alvinegra trabalha para manter o gramado do Engenhão intacto. Ao invés da maratona de jogos de 2012, a preocupação após a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro é oposta: o período inativo do campo, que até o momento é por tempo indeterminado. Sem jogos e, por isso, sem a necessidade de recuperar o gramado quase que diariamente, o Botafogo deixa máquina avaliada em R$ 1,5 milhão ociosa.

Apesar do aparelho 'aposentado' de forma momentânea, o clube assegura que a qualidade do gramado será mantida até a data em que os jogos no Engenhão forem liberados pelas autoridades – a expectativa do Botafogo é que o estádio esteja disponível durante o Brasileiro deste ano. "A falta de jogos ou treinamentos não atrapalha. Não podemos usar o campo e soubemos disso apenas no fim da última semana. Estamos mantendo o gramado. A empresa continua a manutenção. Tem que cuidar de pragas, cortar a grama, mas não precisa recuperar”, comenta Sérgio Landau, diretor executivo do Botafogo.

O cartola lamenta ter que deixar sem uso uma máquina – comprada em parceria com a Ambev por R$ 1,5 milhão – capaz de recuperar o gramado em meio à série de jogos que o Engenhão recebia até o seu fechamento. “Ela perde a utilidade na medida em que o estádio não está sendo usado”, completa Landau.

Responsável pela manutenção do gramado do Engenhão, o engenheiro agrônomo Artur Melo, da Sports Turf Consultant, espera pela definição de quanto tempo será necessário para a retomada das atividades normais do estádio para mudar o seu planejamento. Por enquanto, a única modificação na rotina de cuidados está no fim da necessidade de trabalhar na recuperação da grama após as partidas.

Sem especificar datas, o engenheiro afirma que um curto período sem jogos no campo não mudará o seu trabalho. No entanto, o responsável pela recuperação do gramado do Engenhão para esta temporada acredita que um longo tempo com o estádio fechado irá definir nova forma de cuidar da grama, mais intensa no que se refere ao corte e à irrigação do campo.

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  • EFE/Marcelo Sayão

“Foi uma surpresa o fechamento do Engenhão. O Botafogo pode nos passar um novo planejamento, dependendo do período de tempo que o estádio ficar sem jogos. Não sabemos quanto tempo vai durar [a interdição]”, ressalta.

De acordo com o engenheiro, atualmente, o campo é tratado como se estivesse em uma situação normal, recebendo partidas pelo Campeonato Carioca, Copa do Brasil e Libertadores – em uma média de três jogos por semana. “É importante fazer a manutenção do gramado de forma normal neste momento. Continuamos no mesmo ritmo de trabalho para manter o bom estado do gramado”, explica.

O Botafogo prevê a reabertura do Engenhão durante o Campeonato Brasileiro deste ano. Em três meses de uso, o revitalizado gramado foi elogiado e deixou para trás a imagem ruim deixada em 2012, quando foi alvo de críticas duras de jogadores e técnicos. A estrutura do estádio é usada normalmente pelo clube, inclusive com os treinos sendo realizados no campo anexo.

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