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Muricy é favorito, mas cúpula do São Paulo também pensa em Dorival Junior

Muricy Ramalho é o favorito da diretoria para assumir o comando do São Paulo - Antônio Gaudério/Folhapress
Muricy Ramalho é o favorito da diretoria para assumir o comando do São Paulo Imagem: Antônio Gaudério/Folhapress

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

05/07/2013 16h34

Se depender da vontade do presidente Juvenal Juvêncio, o São Paulo não ficará muito tempo sem treinador, após a demissão de Ney Franco, na tarde desta sexta-feira. E, segundo o UOL Esporte apurou, o nome de maior desejo da diretoria é Muricy Ramalho, desempregado desde que deixou o Santos. Caso as conversas iniciais com o comandante não avancem, o nome de Dorival Junior aparece como 'plano B'. 

Na quinta-feira, em entrevista ao Papo com o Benja, do Lancenet, Muricy chegou a dizer que acertaria com o São Paulo em "dois minutos". Porém, pregou respeito a Ney Franco e lembrou que ele ainda era o técnico do clube. Diante de um fato novo, a situação pode mudar. Juvenal Juvêncio tem uma relação muito próxima com o treinador tricampeão brasileiro pelo São Paulo, e já chegaram até a conversar recentemente.

"O Muricy disse isso pois sabe como eu sou. Se isso (nome dele) for decidido na reunião, e ele for o escolhido, ele acerta rapidamente. Mas essa escolha ainda não está feita. Vamos fazer uma reunião, conversar, e aí começar a planejar isso. Não posso ficar refém do prazo, mas quero que seja rápido", afirmou Juvenal, em entrevista ao UOL Esporte.

Mesmo antes desta reunião, o telefone de Muricy deverá tocar - provavelmente ainda nesta sexta-feira. A diretoria quer ouvir da boca dele que está disposto a assumir o clube no meio de um trabalho e em um momento de pressão, afinal o time não engrena mesmo com um elenco renomado com Rogério Ceni, Lúcio, Paulo Henrique Ganso e Luis Fabiano. 

Dorival Junior, que também está desempregado - deixou o Flamengo em março de 2013, é visto com bons olhos por alguns membros da cúpula são-paulina. Estes, aliás, são os que se opõe ao retorno de Muricy Ramalho. Dorival ganha força pois aceitaria ganhar salários menores do que o ex-santista, que recebia cerca de R$ 700 mil no Santos. Pesa contra, porém, o fato de a diretoria querer um nome experiente e com força para segurar a pressão e os 'medalhões'. Paulo Autuori, atualmente no Vasco, é outro que entrará na pauta, apesar de ser mais difícil por estar empregado.

"A partir do comunicado da saída do Ney, pensamos nos substitutos. É natural do processo. Não temos definição de A ou B. Mas resolvemos já avisar o Ney sobre o desligamento. Foi um acordo amigável, sem atrito, sem acirramentos. Não temos conversas ainda, mas a partir desse instante, já pensamos no nosso técnico", disse o presidente.

Em entrevista ao UOL Esporte, Dorival Júnior afirmou que não recebeu nenhum contato da diretoria são-paulina sobre uma possível negociação. “Não recebi nenhuma ligação, nem meu representante”, afirmou Dorival em entrevista por telefone.

O nome de Vanderlei Luxemburgo é descartado desde já. Para Juvenal, o técnico não combina com o perfil do São Paulo, e, por isso, não existe a menor possibilidade de haver qualquer conversa. "Não sei se é o São Paulo ou ele que está errado, mas a combinação não daria certo. Ele é descartado".

Na opinião de Juvenal, Ney Franco fez um bom trabalho no ano em que comandou o time, mas a diretoria viu que era o momento de mexer no corpo técnico. Diversos jogadores já não simpatizavam com o mineiro e, especialmente, com seu auxiliar-técnico, Eder Bastos.

"O Ney foi sério nesse processo, mas a eficácia não foi a que esperávamos. E a partir daí o gestor tem que tomar providências. Eu sei que a gente tem mexido com técnico aqui e acolá, mas não é um processo do qual se tem o domínio. Agora é o momento de tocar. A equipe é forte e precisamos de resultados melhores dentro das nossas capacidades", acrescentou.

 

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