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Parreira defende Bom Senso e diz que CBF atenderá a 'quase tudo' em 2015

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/12/2013 16h51

O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, disse que a CBF atenderá ‘quase tudo’ que o movimento de jogadores Bom Senso FC propõe para o futebol nacional. A declaração foi concedida durante a 10ª edição do Footecon – fórum que discute o esporte -, realizado em Copacabana, na zona Sul do Rio de Janeiro.

“Muitas das exigências do Bom Senso já foram implementadas. Para 2015, com certeza quase todas elas serão atendidas. Os contatos com clubes e federações estão sendo feitos para isso. A CBF está tomando todas as precauções, entrando em contato com as classes envolvidas”, declarou o coordenador da seleção brasileira.

Nesta terça-feira, a CBF convocou um grupo de trabalho para discutir o calendário nacional. Apesar de convocar vários presidentes de clubes, os jogadores ficaram de fora do debate na sede da entidade.

O Bom Senso aumentou o tom dos protestos recentemente pela insatisfação com as respostas da entidade que comanda o futebol brasileiro. Uma ameaça de greve foi cogitada, mas descartada ‘em respeito ao torcedor’, segundo o movimento. Parreira disse que apoia o grupo e que também sofreu com os problemas apontados pelo movimento durante a carreira.

“Eu apoio o Bom Senso há 40 anos,todo técnico de futebol pede esses pontos como o Bom Senso está pedindo hoje. Também queremos férias de 30 dias, uma pré-temporada de qualidade, receber em dia. Isso a gente fala há 40 anos e a CBF está tomando as providências”, disse Parreira, que deu palestra sobre os princípios táticos do futebol de alto nível.

Mais cedo, no mesmo fórum, o meia Seedorf declarou que fez uma sugestão de calendário em reunião do Bom Senso. O Brasileirão começaria em fevereiro, com 10 meses de duração, com os estaduais sendo alongados, com as finais em outubro.

O movimento dos jogadores quer alteração no calendário de 2015, aumentando o número de jogos dos times do interior e reduzindo o número de partidas das equipes da elite, e implantação do Fair Play Fiscal e Trabalhista, entre outras exigências.