Pivô de virada de mesa histórica, Hiroshi vira vice-campeão amador de tiro
Um bom desempenho em uma competição amadora, mas nada mais. É assim que o ex-jogador do São Paulo Sandro Hiroshi encara sua performance ao ser segundo colocado em um Campeonato Brasileiro atiro esportivo, esporte no qual não há competições profissionais.
Pivô da virada de mesa no Brasileirão de 1999 que acabou por criar a Copa João Havelange em 2000, o ex-atacante Hiroshi, 34 anos, foi o segundo colocado da categoria Sênior C (uma espécie de quarta divisão) do trap americano, modalidade do tiro que não faz parte dos Jogos Olímpicos. Agora, ele ascendeu de divisão e disputará Trap B futuramente (as principais são Trap AA e Trap A).
Com o resultado, seu nome apareceu no site oficial da Confederação Brasileira de Tiro esportivo em uma sessão com os resultados das divisões. O trap é disputado com espingardas que disparam tiros para tentar acertar pratos que são lançados ao ar.
“O tiro esportivo é um hobby. Comecei em 2010, quando eu ainda jogava. Comecei com amigos a praticar e é um hobby que acabo competindo. Mas não procuro nenhum resultado, nada. É um esporte para os finais de semana, apenas isso”, apressou-se em explicar. Sandro compete pelo Clube Americanense de Tiro e só ficou dois pontos atrás do atirador que venceu sua divisão (570 contra 572).
Ele encerrou a carreira este ano, no Rio Branco, de Americana. O ex-jogador teve passagens durante sua carreira por clubes como São Paulo e Flamengo, mas seu nome teve grande repercussão em 1999, quando foi descoberto que ele havia adulterado a idade na sua documentação quando adolescente. Foi suspenso por 180 dias.
Mas o problema que tornou Hiroshi realmente célebre e provocou uma das maiores confusões do futebol brasileiro teve origem na ação do Tocantinópolis, seu primeiro time, sobre a transferência do atacante do Rio Branco para o São Paulo após o Paulista de 1999. O clube do Tocantins contestou o negócio e exigia uma parte da venda do jogador ao São Paulo. Dizia que a federação de seu Estado nunca havia autorizado sua transferência para o Rio Branco.
“Eu estou investindo em algumas coisas na cidade de americana, nada ainda pensado no futebol. E, como se diz, ainda está caindo a ficha por ter parado. Tem a parte comercial da minha mulher, a loja Santa Lola.”
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