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Sem espaço entre os grandes, Luxemburgo estuda 2ª passagem pela Europa

Lucas Tieppo

Do UOL, em São Paulo

28/12/2013 06h00

O mercado da bola brasileiro apresentou um cenário inédito nas últimas duas décadas. Em baixa após duas demissões em 2013, Vanderlei Luxemburgo ficou fora das especulações e acabou sem lugar no banco de reservas de um dos 12 grandes clubes do Brasil, algo que não acontecia desde 1995, quando deixou o comando do Paraná e para reassumir o Palmeiras.

O futuro do treinador deverá ser no futebol do exterior. Segundo o UOL Esporte apurou com pessoas próximas ao treinador, ele tem em mãos três propostas de times da Europa.

De férias, Luxemburgo postergou a decisão para o começo de janeiro, quando decidirá qual rumo tomará. Se aventurar pela segunda vez fora do país após a fracassada passagem pelo Real Madrid em 2005 quando foi demitido, ou esperar que novas possibilidades apareçam no mercado nacional durante o primeiro semestre.

O treinador estava acostumado a terminar um ano já ciente do que faria em janeiro seguinte e não vivia uma situação como a atual há 13 anos, quando deixou a seleção brasileira em setembro de 2000 e só assumiu o Corinthians em fevereiro de 2001, no lugar de Darío Pereyra.

Desde 1996, Luxemburgo está sempre ligado a um dos 12 grandes clubes brasileiros, além de ter comandado a seleção brasileira entre 1998 e 2000 e o Real Madrid, em 2005. Nestes 17 anos, trabalhou no Palmeiras (três vezes), Santos (quatro vezes), Corinthians (duas vezes), Cruzeiro, Atlético-MG, Flamengo, Grêmio e Fluminense. 

Terminar o ano desempregado é o desfecho de uma das piores temporadas da carreira de Luxemburgo. Ele iniciou 2013 no Grêmio, foi demitido no fim de junho, assumiu o Fluminense um mês depois e durou no clube carioca por pouco mais de três meses, sendo dispensado no dia 11 de novembro.

No Sul, teve desempenho de 52% dos pontos disputados, com 13 vitórias, oito empates e nove derrotas em 30 partidas. No total, foram 91 jogos, com 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas e um aproveitamento de 54,8% entre fevereiro de 2012 e junho de 2013. 

Os números de Luxemburgo no Fluminense foram ainda piores, com 38% dos pontos disputados em 26 jogos – sete vitórias, nove empates e dez derrotas.

O treinador não conquista um título nacional desde 2004, quando foi campeão brasileiro pelo Santos. No ano seguinte, comandou o Real Madrid, mas acabou demitido antes de completar um ano no time espanhol.

Nos últimos quatro anos, Luxemburgo foi dispensado pelo Palmeiras, Atlético-MG, Flamengo, Grêmio e Fluminense. Neste período, foi campeão mineiro em 2010 e campeão carioca em 2011, mas fracassou nos âmbitos nacional e internacional. Nos últimos cinco Campeonatos Brasileiros, ele acumulou um aproveitamento de 47%, que o levaria apenas ao oitavo lugar da competição.

Luxemburgo participou de todos os cinco torneios neste período, comandando seis clubes: Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Flamengo, Grêmio e o Fluminense. Foram 174 jogos e 249 pontos conquistados no total.

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