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Por rede social, Rivaldo anuncia fim da carreira como jogador

Do UOL, em São Paulo

15/03/2014 11h04

Aos 41 anos de idade, Rivaldo encerrou a carreira como jogador de futebol neste sábado. Em um post em seu Instagram, o veterano meia, atualmente no Mogi Mirim, avisou que não entrará mais em campo. Com passagens pela Espanha, Itália e Grécia, além do Brasil, o jogador escreveu “minha história como jogador chegou ao fim”.

“Com persistência, dedicação e principalmente com a mão de Deus, cheguei a ser reconhecido como melhor jogador do mundo, pentacampeão mundial, entre muitos outros títulos importantes na história do futebol. Entre troféus, medalhas, premiações e títulos , em uma terra onde tudo se consome, deixo aqui uma história, talvez um exemplo, mas com certeza um testemunho de que vale a pena crer e lutar”, escreveu.

Rivaldo apareceu para o futebol no Mogi Mirim, como parte da equipe que, com Leto e Válver, ficou conhecida como “carrossel caipira”. O bom desempenho atraiu o interesse do Corinthians, que investiu na contratação por empréstimo.

O meia alternou bons e maus momentos no alvinegro; não conseguiu convencer os dirigentes a contratá-lo em definitivo. Quem resolveu trazê-lo em 1994 foi o rival Palmeiras, que na época mantinha a bem sucedida parceria com a Parmalat.

No alviverde, Rivaldo teve passagem vitoriosa, conquistando o Brasileirão em 1994, e o Campeonato Paulista em 1996, fazendo parte do ataque palmeirense que marcou mais de 100 gols na competição. Foi, porém, um dos jogadores mais crucificados da seleção olímpica que conquistou o bronze nas Olímpiadas de Atlanta, após uma traumática eliminação para a Nigéria de Kanu.

Do Palmeiras, Rivaldo foi para o Deportivo La Corunã. Na primeira temporada, marcou 21 gols e ajudou a equipe a terminar na terceira colocação do Campeonato Espanhol, conseguindo uma transferência para o Barcelona.

Na Catalunha, viveu o auge de sua carreira: foram dois títulos espanhóis, uma Copa do Rei e duas supercopas europeias. Foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 1999, e chegou a ser o artilheiro da Liga dos Campeões em 2000, com dez gols.

Pela seleção brasileira, teve seu maior momento de brilho na conquista da Copa de 2002. Ao lado de Ronaldo e Ronaldinho, foi um dos destaques do time de Felipão que levantou a taça na Coreia e no Japão. Marcou cinco vezes, e participou da jogada de ambos os gols de Ronaldo na vitória sobre a Alemanha na final.

Após a Copa, a carreira do craque entrou em declínio. Do Barça, foi para o Milan, mas a passagem foi péssima: Rivaldo chegou a ser um dos candidatos ao prêmio de pior estrangeiro do futebol italiano. De lá, seguiu para o Cruzeiro, onde teve passagem apagada.

A ressurgência do futebol do meia aconteceu no futebol grego: defendendo o Olympiakos e depois o AEK, conquistou três Campeonatos Gregos e duas Copas da Grécia, sempre como destaque das competições.

Em 2008, Rivaldo deixou a Grécia para uma aventura no Bunyodkor, do Uzbequistão. Foram dois anos, com três títulos – dois campeonatos nacionais e uma copa. Em 77 jogos, marcou 42 gols.

A saída do Uzbequistão foi acompanhada de peregrinações que prenunciavam o final da carreira. Mesmo assim, Rivaldo persistiu: em 2011, teve mais uma chance em um grande clube, o São Paulo. A experiência não foi tão boa: apesar de alguns lampejos, o já veterano jogador se desentendeu com Paulo César Carpegiani, então treinador, e foi irregular quando esteve em campo. No fim do ano, anunciou sua saída, já com Emerson Leão como técnico.

Passou pelo Kabuscorp, de Angola, e pelo São Caetano, sem brilho, antes de voltar ao Mogi Mirim, clube do qual é presidente. No seu clube, Rivaldo realizou o sonho de jogar com o filho no Paulistão 2014, no empate em 1 a 1 do com o XV de Piracicaba. Sem render o esperado e com o Mogi na quarta colocação do Grupo D do Paulistão, com 13 pontos, o meia decidiu encerrar a carreira.