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Gallo encara primeiro grande teste na base da seleção sem astros olímpicos

Do UOL, em São Paulo

14/01/2015 06h01

Alexandre Gallo foi contratado pela CBF como coordenador técnico das categorias de base da seleção brasileira com a missão de apagar o vexame no Sul-Americano Sub-20 de 2013, quando a seleção foi lanterna de seu grupo.

Dois anos depois, o treinador tem a oportunidade de mostrar que seu trabalho foi capaz de virar o jogo e que o time caminha forte para a conquista dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Neste Sul-Americano, porém, o treinador não poderá contar com jogadores que formam a base olímpica que já foi testada em alguns jogos e torneios amistosos. Nomes como Talisca (Benfica), Rafinha Alcântara (Barcelona), Marquinhos (PSG) e Dória (Olympique de Marselha) nasceram em 1994 e não podem mais jogar um torneio sub-20.

Outro problema é que os resultados de Gallo no Brasil em torneios oficiais sub-17 não foram tão empolgantes: terceiro lugar no Sul-Americano e queda nas quartas de final no Mundial após derrota para o México, nos pênaltis, ambos em 2013.

Como Gallo se tornou responsável por preparar e indicar jogadores para a seleção profissional, função dada por Gilmar Rinaldi, ele precisa espantar qualquer desconfiança e por isso vai apostar em um ataque bastante experiente formado por Gabriel e Thalles, jogadores titulares de Santos e Vasco, respectivamente.

Outros nomes conhecidos integram o grupo, como os palmeirenses Nathan (Cardoso) e João Pedro, o corintiano Malcom, o santista Caju e o ex-são-paulino Lucas Evangelista.

Na estreia contra o Chile na próxima quinta-feira, às 20 horas, o Brasil deve ter Marcos Felipe; João Pedro, Nathan Cardoso, Marlon e Caju; Walace, Nathan, Gerson, Marcos Guilherme; Gabriel e Thalles.

As principais ausências do Brasil serão dos lesionados Abner (lateral esquerdo do Real Madrid B), Otávio (meia do Porto) e Carlos (atacante do Atlético-MG), além de Matheus Biteco, dispensado após pedido do Grêmio. Boschilia, meia do São Paulo, foi cortado após ser pré-convocado, e Mosquito, atacante revelação do Atlético-PR no último Brasileiro, fica fora por opção. 

Regulamento:

O Sul-Americano Sub-20 de 2015 manterá a fórmula das edições anteriores: as dez equipes serão divididas em dois grupos de cinco seleções que jogarão entre si. As três melhores de cada grupo avançam para o hexagonal final, onde cada um jogará contra todos até que o time que somar mais pontos seja campeã.

O Brasil está no Grupo B, junto com Chile, Colômbia, Uruguai e Venezuela. O Grupo A tem Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e Peru.

Os quatro melhores do Sul-Americano garantem vaga para o Mundial de Clubes da Nova Zelândia, em 2015 e o campeão terá vaga nas Olimpíadas de 2016 (o Brasil já tem uma vaga por ser país sede).