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Há 20 anos, Roberto Carlos fez pelo Palmeiras golaço top 3 da carreira

José Ricardo Leite e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

20/02/2015 06h00

A curva quase impossível e que "desafia as leis física" feita pela bola que morreu no fundo das redes do goleiro Barthez, no jogo entre Brasil e França, em 1997, é o gol mais famoso feito por Roberto Carlos. A imagem virou meme e até hoje faz sucesso. Mas este não foi o único tento feito pelo ex-lateral ao ignorar a longa distância entre o local da cobrança de falta e as traves. Há cerca de 20 anos, ele fez pelo Palmeiras um gol em que coloca no seu "top 3".

No dia 21 de fevereiro de 1995, Palmeiras e Grêmio estreavam na Copa Libertadores da América, que meses depois seria conquistada pela equipe gaúcha. No primeiro embate entre os dois times, vencido pela equipe alviverde por 3 a 2, o defensor acertou um chute do meio da rua em cima do goleiro Danrlei.

A bola estava um pouco à frente do círculo do meio-campo. Roberto tomou distância e acertou o ângulo direito do goleiro gremista, em uma imagem que parece pouco provável de sair o gol. O hoje técnico do Akhisar Belediyespor, da Turquia, recorda que um jogador palmeirense, que não lembra qual, recomendou que não batesse direto.

"Foi um dos mais bonitos gols que fiz na minha carreira, tanto pela distância como também pela curva que a bola fez na frente do Danrlei. Foi um dos mais especiais que fiz, foi no início da minha carreira. Lembro que naquele lance alguém falou pra mim ´toca perto que fica mais fácil´. Mas não lembro quem falou. Estava muito longe do gol. Foi um dos três mais bonitos que já fiz", disse Roberto Carlos ao UOL Esporte.

O pentacampeão com a seleção brasileira coloca o famoso gol contra a França como o mais bonito e diz que o segundo mais especial foi um contra o Tenerife, com a camisa do Real Madrid, pela dificuldade ao chutar próximo à bandeira de escanteio em um lance que parece até um gol olímpico (veja na lista de gols abaixo).

"O gol mais difícil foi contra o Tenerife. A bola estava quase na linha de fundo, aí o goleiro do Tenerife deu um passo pra frente e eu bati por cima dele. Este não foi de falta, a bola estava em movimento e foi quicando; entrou bem no canto esquerdo dele. O contra a França foi o mais bonito, esse pelo Palmeiras contra o Grêmio fica em terceiro lugar porque foi bola parada", explicou.

"Esses três gols foram os que mais marcaram a minha carreira. Teve outros, como um em um Brasil e Argentina que eu bati bem na bola e ela foi no ângulo direito do goleiro, pelas Eliminatórias de 2006. Nós perdemos de 3 a 1", recordou.