Dunga explica por que vetou idas de Everton Ribeiro e Goulart para seleção
As transferências de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart para mercados de pouca tradição no futebol foram determinantes para a ausência de ambos na lista de convocados da seleção brasileira. Dunga afirmou nesta quinta-feira que os ex-atletas do Cruzeiro ficaram para trás em virtude da perda de condicionamento físico, mas tratou de tranquilizá-los, cotando os dois para futuros chamados.
Everton Ribeiro defende o Al-Ahli, dos Emirados Árabes, enquanto Goulart atua no Guangzhou Evergrande, da China.
Para os amistosos da seleção contra a França e Chile, Dunga relacionou Diego Tardelli, que também joga na Ásia. Convocar de uma vez três atletas que não estão no ritmo ideal seria arriscado, frisou Dunga.
“Eles estão iniciando pré-temporada. É normal que não estejam no top fisicamente. Optamos por levar apenas um [Tardelli], pois já vinha jogando com a seleção, era titular, e isso diminui risco de trazermos atletas que ainda não estão no ritmo”.
Dunga ressaltou que os atletas que atuam em mercados menos tradicionais não perderão espaço na seleção. A observação será a mesma. O técnico da seleção entende que um jogador pode aprender mais atuando em países com pouca tradição. Ele relembrou período em que foi jogador no Japão.
“Quanto a jogar em país desconhecido, tive experiência de jogar no Japão. Jogador que joga em lugares com menos tradição tende a focar mais na concentração por que ele jogará com pessoas que fazem coisas imprevisíveis: acerta quando você acha que vai errar e erra quando acha que vai acertar. Por isso tem que manter nível de concentração”.
Pouco tempo depois da lista ser anunciada, Diego Tardelli agradeceu a confiança do treinador e pensa até em abrir caminho para mais brasileiros no mercado asiático.
"Isso é importante e demonstra que a comissão técnica confia no meu futebol e farei de tudo para corresponder da melhor maneira possível. E, quem sabe, a minha convocação não possa fazer com que outros jogadores sigam o mesmo caminho? O próprio Dunga disse que ele disputou uma Copa do Mundo quando jogava no Japão e não era comum época. Estou muito feliz, mas sei que vestir a camisa do Brasil não é fácil e preciso seguir trabalhando com muita seriedade para continuar defendendo a seleção", afirmou.
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