Como o Corinthians pode impedir Pato de jogar se perder na Justiça

Nesta quarta-feira (17), Corinthians e São Paulo vão apresentar suas provas de pagamento a Alexandre Pato na Justiça. O jogador pede rescisão de contrato por conta dos direitos de imagem atrasados com os dois times. E a disputa está longe do fim. Com a possibilidade de recurso, o atacante pode até ficar impedido de jogar dependendo do andamento do caso.

Não haverá audiência ou algo do tipo. Será apenas uma entrega de documentos e provas reunidas pelos clubes na terça-feira. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, o advogado do Corinthians, Diógenes Mello, explicou que não teme liminar favorável ao jogador e está crente na documentação corintiana.

Ao mesmo tempo, a defesa de Alexandre Pato também mostra otimismo que a liminar solicitada será deferida com ele conseguindo a liberação. Uma vez livre, poderá assinar com qualquer outro clube.

E se isso de fato acontecer, uma disputa nos Tribunais se apresenta. O Corinthians poderá entrar com recurso tentando derrubar a liminar. E se conseguir, Pato já teria defendido dois clubes em um ano. Não poderia entrar em campo pelo terceiro, ficando impedido de jogar.

Por exemplo. Pato consegue a liminar e libera-se do Corinthians. Em seguida, assina contrato com o Milan (clube aleatório), disputa três jogos pelo time, e o alvinegro consegue derrubar a liminar. Ele precisaria, em tese, regressar ao Corinthians. E sem poder atuar pelo Timão, que seria seu terceiro clube em um ano, já que ele defendeu o São Paulo.

Tudo isso, entretanto, dependerá de uma série de acontecimentos. O primeiro tem prazo na quinta-feira e é decisão liminar da Justiça quanto a rescisão de contrato. Em seguida, a determinação do Corinthians em tentar ou não derrubar a liminar. E, ainda assim, dependeria da Justiça aceitar o pedido corintiano.

Alexandre Pato tem seis jogos disputados no Campeonato Brasileiro. Se for relacionado para o duelo com o Avaí, no domingo, rompe o limite e veta transferência para outro clube brasileiro.

Se conseguir a liminar, o jogador poderá gerar um rombo de R$ 90 milhões aos cofres do clube paulista.