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Corinthians pode solicitar pagamento de multa à Conmebol por caso Amarilla

Carlos Amarilla teve decisões prejudiciais ao Corinthians na Libertadores 2013 - Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Carlos Amarilla teve decisões prejudiciais ao Corinthians na Libertadores 2013 Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

23/06/2015 06h00

Com base nas evidências que vieram à tona no último domingo, a principal possibilidade a ser buscada pelo Corinthians em relação ao árbitro Carlos Amarilla e a ação dele no jogo de 2013, contra o Boca Juniors-ARG, é o pedido de multa à Conmebol. Essa é a posição defendida por três especialistas em direito esportivo ouvidos pelo UOL Esporte.

Além de possíveis punições esportivas para Carlos Amarilla, que já foi afastado pela Confederação Paraguaia de Futebol, só mesmo um acordo financeiro poderia amenizar um eventual prejuízo do Corinthians pela ação do juiz.
Revelado recentemente, o acordo entre a Fifa e a Federação Irlandesa por erro de arbitragem nas Eliminatórias da Copa de 2006 é citado como exemplo. "Se houvesse os indícios na época, haveria prazo para recorrer da decisão do jogo. As declarações de (Julio) Grondona ainda não foram esclarecidas, mas levantam suspeitas agravadas pela suspensão. O Corinthians pode pedir uma indenização baseado no ato da Fifa. Eles deram 5 milhões de euros para evitar uma ação que poderia anular o jogo pelo erro do árbitro. É uma forma de indenização", cita o advogado carioca Carlos Eduardo R. Moura.
"O Corinthians tem que buscar ser ressarcido financeiramente se comprovada a fraude. É possível calcular indenização sobre premiação, rendas e a não ida ao Mundial. Mas é tudo muito complexo e não seria indenizado na integralidade, pois ninguém garante que o clube ganharia o título. Acredito que o correto seja apurar o valor estimado e indenizar em 30% pela perda de uma chance", analisa o advogado mineiro Louis Dolabella.
Em entrevista ao UOL Esporte, o presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, Caio Rocha, ressaltou que a abertura de uma investigação depende de denúncia da parte interessada (no caso o Corinthians) ou da Unidade Disciplinar da entidade (órgão interno da Conmebol quem formula as denúncias).
De acordo com o diretor jurídico do Corinthians, Rogério Mollica, a direção do clube definirá um posicionamento a partir desta terça-feira em reunião com o presidente Roberto de Andrade. "Vamos verificar se há algo a ser feito ou mesmo viável nesse momento. O assunto é muito recente", explicou à reportagem.
Carlos Amarilla negou participação em esquema. Veja mais declarações à rádio 970AM, do Paraguai

"Estou falando com meu advogado para ver qual medida tomaremos" (sobre as declarações de dois dirigentes na escuta)

"Eu entro para aplicar as regras do jogo. Posso cometer erros"

"Treinamos todos os dias e cometemos erros, assim como os jogadores"

"Nenhum instrutor, nenhum dirigente se aproximou de nós"