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Técnico do Chile dá nó em Dunga e Brasil perde com direito a olé

Danilo Lavieri

Do UOL, em Santiago (Chile)

08/10/2015 22h26

Em clima de Libertadores e com aula do técnico argentino Jorge Sampaoli, o Chile venceu por 2 a 0 o Brasil na estreia das Eliminatórias da Copa, na noite desta quinta-feira (8), em Santiago. Teve até "olé" da empolgada torcida vermelha no Estádio Nacional.

Após uma mudança no fim do primeiro tempo, tirando o zagueiro Silva e colocando o meia González, os donos da casa tomaram o meio de campo e puseram o Brasil para jogar no contra-ataque, quebrando um tabu sem vitórias contra os brasileiros que já durava 15 anos.

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Foi a primeira derrota do Brasil em estreias nas Eliminatórias. E apenas a segunda para o Chile. Até então, em 10 jogos, o Brasil havia vencido sete, empatado duas e perdido apenas uma.

Antes mesmo de abrir o placar, a "Roja" já havia parado duas vezes na trave, com Sánchez e Isla. Mas o gol saiu de Vargas, que aproveitou bola cruzada para vencer Jefferson. Sánchez fez 2 a 0 no fim do jogo, após bela trama coletiva, em lance no qual quase entrou com bola e tudo.

O Brasil volta a campo pelas Eliminatórias da Copa na terça-feira (13). Enfrenta a Venezuela, às 22h de Brasília, no Castelão, em Fortaleza.

Perda precoce

Com pouco mais de 30 minutos de jogo, David Luiz trombou com Vidal na linha de fundo e acabou pisando em falso com a perna esquerda. No lance, o zagueiro brasileiro sentiu o joelho, caiu em campo e foi substituído por Marquinhos.

Valdivia apagado

O ex-meia do Palmeiras deixou o gramado do Estádio Nacional aos 18 minutos do segundo tempo, substituído. Enquanto esteve em campo, mal apareceu. Apagado, passou longe do jogador que foi na Copa América.

Como foi o jogo

Os donos da casa iniciaram a partida com três zagueiros fixos, não davam espaços e esperavam o Brasil errar para tentar animar sua torcida. Tentavam também explorar as laterais, especialmente às costas de Marcelo.

Não foi o suficiente. O mais perto do gol foi uma bola de Sánchez na trave. Do outro lado, a equipe de Dunga buscava muitas bolas aéreas, as saídas de bola com Douglas Costa e tiros de longe com Hulk. Em uma delas, também viu a bola parar no pau. Oscar, o pior em campo, e Elias, muito aquém do jogador do Corinthians, não conseguiam distribuir o jogo com qualidade nem chegar na área para finalizar como elemento surpresa.

No segundo tempo, os chilenos voltaram com ainda mais ímpeto. Empurrados pela torcida e também pela substituição de Sampaoli, que trocou o zagueiro Isla pelo meia González, passaram a dominar as ações e construíram o placar da vitória. Dunga até mexeu, trocou Hulk por Ricardo Oliveira, e o Brasil melhorou. Mas era tarde demais e ainda tomou mais um no finzinho.