Cinco vezes melhor do mundo, Marta pela 1ª vez não é nem citada em eleição

Marta é a jogadora que mais vezes foi eleita a melhor do mundo com cinco conquistas. Para se ter ideia, é o mesmo número de prêmios que tem Messi. Além disso, ela entrou na lista das melhores da disputa na Fifa em todos os anos desde 2004. Neste ano, a queda foi grande e a brasileira não foi citada uma vez sequer.

O colégio eleitoral e o sistema de escolha são bem parecidos: têm direito a voto os capitães e técnicos de todas as seleções filiadas à Fifa e um representante da mídia de cada um desses países. Marta não foi listada entre as top 3 por ninguém.

A ausência é chocante pelo histórico da brasileira, considerada uma das mais talentosas da história. De 2006 a 2010, Marta venceu todos os prêmios com sobra, mesmo sem conseguir nenhum título de peso na seleção. Dali em diante, foi vice em 2011, 2012 e 2014 e terceira em 2013.

Ao mesmo tempo, a queda tem uma explicação lógica. No meio do ano, o Brasil foi muito mal na Copa do Mundo e caiu logo nas oitavas, perdendo por 1 a 0 da modesta Austrália.

Seu único grande feito foi ter alcançado Pelé na lista de maiores artilheiros da seleção brasileira. O Rei do Futebol tem 95 em 114 partidas, enquanto a jogadora chegou a cem em 101 partidas. O problema é que, além do feito ter ocorrido em um torneio amistoso, ele aconteceu já em dezembro, depois que os votos já haviam sido computados.

Quem dominou a premiação foram as americanas, campeãs do torneio disputado no Canadá. Carli Lloyd, que fez três gols na decisão, recebeu mais de 35% dos votos e levou o prêmio. Marta, como capitã da seleção brasileira, teve direito a voto. Ela escolheu Lloyd na primeira posição, a suíça Ramona Bachmann na segunda e a alemã Celia Sasic na terceira.