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Ausência de presidente e negativa de fornecedor afastaram Robinho do Santos

Marcello De Vico e Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

11/02/2016 18h12

O ‘não’ da Kappa foi determinante para o fim das negociações entre Santos e Robinho, que nesta quinta-feira foi anunciado como reforço pelo Atlético-MG. Segundo apurou o UOL Esporte, a nova fornecedora do Santos não aceitou a pedida do atacante, de quase R$ 300 mil por mês, que seriam somados aos R$ 200 mil mensais do clube alvinegro e mais R$ 400 mil de um parceiro.

Era o que restava para Robinho e Santos se ‘entenderem’ e o ídolo santista acertar o seu terceiro retorno à cidade do litoral paulista.

A ideia de Robinho é que a Kappa utilizasse sua imagem de garoto-propaganda e o percentual de venda das camisas para conseguir bancar o que ele pedia. Mas a Kappa bateu o pé e disse que não pagaria nada ao atacante.

Com a negativa da Kappa em pagar parte do salário de Robinho, o atacante receberia ‘apenas’ R$ 600 mil, valor não aceito pelo jogador, que agora vai ganhar mais no Atlético-MG.

Ausência de Modesto Roma também pesou

Outro fator que acabou sendo decisivo para que Robinho e Santos se afastassem foi o problema de saúde de Modesto Roma. Sem o presidente, algumas reuniões foram adiadas e, com isso, o Atlético-MG foi tomando frente nas negociações.

Pessoas ligadas ao presidente acreditam que o afastamento do dirigente foi determinante para que a contratação de Robinho não fosse fechada no início deste ano. Eles alegam que os dirigentes que cercam Modesto não têm o mesmo "jogo de cintura" para negociar.

Modesto está de repouso em sua residência e, por orientação médica, não tem se envolvido nas negociações. O dirigente já sofreu dois enfartes no passado e, inclusive, precisou instalar um marca-passo, aparelho que monitora os batimentos cardíacos continuamente.

A pressão arterial e os batimentos cardíacos do dirigente oscilaram e, por isso, os médicos pediram para que ele não se envolva em situações de estresse.