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Presidente corintiano bate o pé, mas é pressionado a desistir de Oswaldo

Robson Ventura/Folhapress
Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Danilo Lavieri e Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

12/10/2016 20h17Atualizada em 13/10/2016 00h32

O nome de Oswaldo de Oliveira está longe de ser unanimidade no Corinthians. Antes mesmo de ser oficializado, o treinador já virou dor de cabeça para o presidente do clube, Roberto de Andrade.

O cartola recebe pressão de boa parte do clube, inclusive de seus diretores, para desistir do acordo. Dificilmente, no entanto, Roberto recuará porque o treinador já acertou a sua saída do Sport e até falou do interesse do Corinthians. A informação foi publicada pelo Lance! e confirmada pelo UOL Esporte. Mais cedo, o Blog do Perrone mostrou que nem mesmo os aliados de Roberto entenderam a escolha.

Um bom exemplo do racha que o nome de Oswaldo causou é a provável saída de Eduardo Ferreira do cargo de diretor-adjunto de futebol. Anteriormente planejado para dezembro, o adeus pode ser antecipado ainda para esta semana, assim que Oswaldo assinar o acordo.

Após a vitória contra o Santa Cruz, Ferreira deixou claro que não tem participado das decisões sobre a contratação de Oswaldo e que tudo está nas mãos do presidente.

Um dos principais argumentos dos que são contra a chegada do técnico que foi campeão do mundo em 2000 é a falta de bons trabalhos recentes. A oito rodadas do fim do Brasileirão, o técnico não conseguiu tirar o Sport da briga da zona de rebaixamento. Nesta quarta-feira, o time de Recife perdeu de 3 a 0 da Chapecoense já sem o treinador.

Aos 65 anos, Oswaldo foi uma escolha pessoal do presidente Roberto de Andrade, que ignorou apelos de alguns de seus aliados para que buscasse um treinador em melhor momento, como Eduardo Baptista, hoje na Ponte, e Roger, sem clube desde a saída do Grêmio. 

Os críticos do acerto com o ex-técnico do Sport também apontam para a falta de diálogo no acordo. Queriam ter sido consultados pelo presidente da definição da contratação. Roberto, por sua vez, entende que chegou a hora de tomar a própria decisão depois de aceitar conselhos para a contratação de Cristóvão Borges. 

Oswaldo de Oliveira havia sido cotado pelo presidente corintiano em duas ocasiões. Quando planejava a reposição de Mano Menezes, ele se dividiu entre Tite e o próprio Oswaldo, mas optou pelo primeiro. Já recentemente, antes de contratar Cristóvão Borges, também avaliou a possibilidade de tirar o comandante do Sport.