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Atlético-MG contrata grafiteiro processado por gestão de Kalil por pichação

Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, em entrevista ao UOL Esporte em 2019 - Samerson Gonçalves/UOL
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, em entrevista ao UOL Esporte em 2019 Imagem: Samerson Gonçalves/UOL

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

23/03/2019 04h00

Um dia após a veiculação de uma polêmica entrevista do prefeito Alexandre Kalil ao Globoesporte, o Atlético-MG anunciou que Felipe Arco, grafiteiro processado pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2017 por pichações em lixeiras, foi um dos contratados para fazer um trabalho voltado para a festa de 111 anos do clube.

O grafiteiro foi enquadrado na Lei 9.605/98, pelo artigo 65, que estabelece como crime "pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano". À época, ele se responsabilizava por escrever mensagens em lixeiras da capital mineira. Em seu twitter, Kalil negou que o processo tenha ocorrido durante sua gestão. No entanto, o UOL teve acesso ao documento, datado em 2017, primeiro ano do seu mandato.

Ele foi contratado pela diretoria para participar das celebrações de 111 anos do clube alvinegro no Mineirão, horas antes da partida contra o Tupynambás, pelas quartas de final do Campeonato Mineiro.

"Nada que eu escreva aqui vai chegar perto do que ele faz. Felipe Arco é conhecido por espalhar sua arte por Belo Horizonte. Agora é a vez dele demonstrar o seu amor pelo #Galo. E aí, Massa, curtindo as novidades?!", escreveu o clube em seu perfil no Twitter.

O grafiteiro Celso Felipe Marques Rosa já publicou livros de poesias e os comercializou na capital mineira. Formado em marketing, se dedica à arte atualmente. Para o domingo, ele participou da criação de uma música para enaltecer o Galo.

O curioso é que o anúncio da contratação de Felipe Arco ocorreu um dia após a polêmica entrevista do prefeito de Belo Horizonte sobre a volta do Galo ao Mineirão.

"Eu acho que o estádio do Atlético significa uma redenção, sim. Vamos sair, definitivamente, do túmulo do Atlético, que é o Mineirão. E aí é uma coisa definitiva. O Mineirão emperrou o Atlético por 44 anos, e em três anos, quando saímos do Mineirão, ganhamos tudo que o Atlético tem até hoje. A saída do túmulo, do cemitério, é uma grande vitória para o Atlético. E isso vai vir com o estádio novo", disse na ocasião.

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