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Conselho Fiscal do Cruzeiro renuncia semanas após divulgação do balanço

Presidente Wagner Pires de Sá, do Cruzeiro - Bruno Haddad/Cruzeiro
Presidente Wagner Pires de Sá, do Cruzeiro Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

08/05/2019 12h56

Pouco tempo após a divulgação do balanço financeiro do Cruzeiro, o qual inclui a venda de Giorgian De Arrascaeta nas contas de 2018, os três membros efetivos do Conselho Fiscal pediram renúncia à mesa-diretora do Conselho Deliberativo.

Celso Luiz Chimbida, Geraldo Luiz Brinat e Ubirajara Pires Glória, responsáveis por fiscalizar as contas do clube, se reuniram com Zezé Perrella e José Dalai Rocha, presidente e vice do Conselho Deliberativo, a fim de pedir a saída do cargo que ocupam atualmente. Eles formalizaram o pedido em um encontro ocorrido anteontem.

De acordo com Chimbida, a decisão tomada por ele e seus companheiros é irreversível. "É uma decisão de caráter irredutível. Não voltaremos atrás", disse ao UOL Esporte.

Embora o trio tenha até protocolado uma carta pedindo a saída, José Dalai Rocha, vice-presidente do Conselho Deliberativo, crê que é possível demovê-lo da ideia. "É verdade sim [que pediram a renúncia]. Inclusive, estamos indo agora conversar sobre isso. Vamos tentar demovê-los desta ideia", disse ao UOL.

Questionado sobre os motivos que fizeram o trio a adotar tal postura, Celso Luiz Chimbida se esquivou e repassou o caso ao presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella. Ele crê que o mandatário é quem deve se manifestar neste momento:

"O Conselho Fiscal é um órgão do Cruzeiro que não emite opiniões perante a imprensa. Precisamos nos reportar à mesa-diretora do Conselho do Cruzeiro. Tivemos uma reunião na segunda-feira (anteontem) com o Conselho, inclusive o José Dalai participou, o José Perrella... Entregamos uma carta que explica os motivos da renúncia. Eu preferiria não entrar nesses detalhes. Quem tem essa correspondência é o presidente do Conselho Deliberativo [Zezé Perrella]", disse Chimbida.

"O presidente do Conselho que deveria pegar e dar os motivos. São coisas de questão de foro íntimo. Preferiria não levá-las à imprensa, criar uma polêmica. Teve uma decisão, ela foi colegiada dos três efetivos do Conselho Fiscal. Qualquer outra informação deve ser dada pelo presidente do Conselho do Cruzeiro", acrescentou.

A reportagem tentou contato com o ex-senador de Minas Gerais. No entanto, ele não atendeu aos telefonemas.

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