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Marquinhos ignora interesse da Juventus e vira referência por amor ao PSG

Marquinhos no jogo do PSG contra o Manchester United pela Liga dos Campeões - FRANCK FIFE / AFP
Marquinhos no jogo do PSG contra o Manchester United pela Liga dos Campeões Imagem: FRANCK FIFE / AFP

João Henrique Marques

Colaboração do UOL, em Paris (FRA)

28/05/2019 12h00

O "mercado louco", como definiu recentemente o treinador do Paris Saint-Germain, Thomas Tuchel, não terá a participação de Marquinhos. O zagueiro recebeu consulta da Juventus, conforme apurou o UOL Esporte, mas já enviou um sinal de que não vai deixar o PSG. No clube francês, o brasileiro tornou-se referência por conta da dedicação demonstrada.

O contrato de Marquinhos com o PSG vai até 2023. A permanência foi uma decisão que não passa nem mesmo pela renovação, mas, sim, por uma série de fatores entre os quais estão o esportivo, como a confiança no projeto de levar o clube francês ao inédito título da Liga dos Campeões, e o pessoal, como a compra de uma casa em Paris para a família e a gravidez da esposa, a cantora Carol Cabrino - será o segundo filho do casal.

Marquinhos sabe que terá de aprender a conviver com sondagens de grandes clubes. Já é assim há algum tempo. Em 2016, por exemplo, recebeu uma proposta do Barcelona - foi a que mais se aproximou de uma aceitação. A decisão de permanência na temporada em questão, como a atual, é vista pela família do jogador como uma decisão em conjunto.

Além da esposa, o zagueiro tem o irmão e empresário, Luan Aoás Corrêa, vivendo em Paris. A visita dos pais é frequente, assim como a de outros parentes próximos.

Marquinhos chegou ao PSG com 19 anos, em 2013. A rápida adaptação impressionou dirigentes. Hoje, é visto como o estrangeiro com o melhor nível de fluência no idioma francês e é o segundo capitão do time, revezando o posto com Thiago Silva.

Saída no PSG foi discutida na temporada

A decisão de ficar no PSG é uma reviravolta no cenário vivido pelo jogador no início da temporada. O brasileiro passou dias chateado com o status de reserva - naquela época, a dupla de zaga titular era formada por Thiago Silva e Kimpembe. Quando começava as partidas, era improvisado como volante. Só que foi justamente o bom rendimento apresentado na posição alternativa que o fez ganhar ainda mais prestígio internamente.

Marquinhos e os familiares eram favoráveis a buscar um grande clube na Europa em que a posição de zagueiro titular fosse garantida. Reuniões com o presidente do PSG, Nasser Al-Kelahifi, foram marcadas, mas a evolução rápida no PSG o fizeram desistir do pedido por negociação.

O zagueiro brasileiro tornou-se presença frequente no time titular do PSG, na zaga ou no meio-campo. Desta forma, ainda terminou a temporada como o jogador mais utilizado desde o início dos jogos da campanha do título do Campeonato Francês, com um total de 30 participações em 38 rodadas - Di Maria foi o segundo, com 28.