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A 1ª impressão. Santos de Sampaoli tem posse de bola e protagonismo

Marcello Zambrana/Agif
Imagem: Marcello Zambrana/Agif

14/01/2019 10h04

Se intensidade foi a palavra mais usada para definir os primeiros dez dias de pré-temporada de Jorge Sampaoli no Santos, as expressões protagonismo e posse de bola dizem muito a respeito da primeira impressão deixada pelo time do argentino no último domingo, no empate por 1 a 1 com o Corinthians, na Arena, em Itaquera. Com 70% de posse de bola, o time santista se apresentou já com algumas nítidas características de seu comandante.

Pela maior parte do tempo e principalmente no primeiro tempo, o Santos ficou com a bola nos pés e girou toda a intermediária até achar espaços. Com uma linha alta de defesa, composta por dois zagueiros e um volante, se mostrou bem mais organizado em relação à boa parte dos jogos em 2018. De acordo com o argentino, a tentativa de protagonizar o jogo se dará em todos os estádios, contra qualquer adversário. Inclusive em clássicos.

"Neste jogo, com dez dias de preparação, foi uma clara tentativa de protagonizar. Santos dominou, teve mais posse e se defendeu tendo essa posse. Poderia ter ganho e, para mim, foi superior, mesmo com pouco tempo. A equipe teve convicção no jogo coletivo", explicou o argentino, e seguiu:

"O Brasil tem um dos melhores futebol do mundo e me agrada poder me defender tendo a posse da bola e não só correr com a bola. Quero que a torcida tenha a expectativa de ver o Santos com a bola em qualquer campo. Para mim, é isso que torna um clube grande", disse.

Em campo, além da linha alta da defesa, chamou a atenção também o quão aberto jogaram os alas do ataque, usando todo o desenho do gramado para tentar armar boas jogadas. A tendência é que a bola passe por todo o time e setores da equipe.

O treinador se mostrou inquieto no banco de reservas. Mesmo se tratando apenas de um amistoso, não deixou de gesticular a todo momento e chegou, por várias vezes, a pisar na linha lateral do gramado, saindo - e muito - da área técnica. Explosivo, arremessou um copo d'água no chão ao ver o gol de Gustavo no começo do jogo e aplaudiu a jogada que terminou em gol contra de Pedro Henrique.

"Minha característica como técnico, há muito tempo, é de paixão e de sentir jogo do banco. Com muito respeito aos árbitros, às vezes, saio um pouco da área técnica", finalizou, sorrindo.

Neste primeiro teste, o Santos manteve a base do ano passado, com um ataque formado por Felippe Cardoso, Bruno Henrique e Derlis González. O centroavante se movimentou bem, correu bastante e mostrou que pode ser bem útil ao time 2019. No meio, Alison foi bem e fez jus à fama de marcador. No gol, Vanderlei brilhou e insistiu em jogadas com o pés - essa será uma das excrecências do argentino para mantê-lo como titular.