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   21h00 - 22/11/2001

Fifa fecha contrato milionário para as próximas copas

Agência Folha
Em São Paulo

A Fifa securitizou a Copa do Mundo de 2002. Ou seja, transformou a competição, que será realizada no Japão e na Coréia do Sul, em títulos no mercado financeiro.

A entidade anunciou a concretização de um acordo inédito com o banco Credit Suisse First Boston para receber US$ 420 milhões.

Em troca do dinheiro, serão emitidos títulos lastreados nos rendimentos que a Fifa obtém com a venda dos direitos de marketing sobre o próximo Mundial.

O adiantamento vai ajudar a entidade a reduzir os custos do levantamento de fundos para organizar a Copa do Mundo.

Normalmente, a Fifa precisa operar em um processo de quatro anos no financiamento para os Mundiais. Esse ciclo começa e termina a cada edição do torneio.

Com o novo procedimento adotado, a intenção da entidade é facilitar e encurtar o processo de financiamento das Copas.

"A Fifa está satisfeita em concluir com sucesso o acordo de securitização, que é outra prova do valor inerente à nossa competição e aos direitos de marketing dela", afirmou o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter.

O diretor para mercados de capital do Credit Suisse First Boston, Jean de Skowronski, também comemorou a concretização do negócio com a Fifa.

"Nós temos muito prazer em anunciar esse acerto com a entidade dirigente do futebol mundial, que é o primeiro do mercado internacional de securitizações", comemorou Skowronski.

O banco e a Fifa não anunciaram muitos detalhes do acordo. Não foram informados, por exemplo, quais os compradores dos títulos, já que não houve uma oferta pública pelos papéis.

O acerto chegou a enfrentar problemas após a falência da ISL, no primeiro semestre. A empresa era responsável pela comercialização dos direitos da Copa-2002.

A agência estava encarregada de negociar para a Fifa os direitos de TV e publicitários por décadas.

A ISL detinha os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006 para todos os países, exceto EUA e Europa. Com sua falência, esses direitos foram repassados ao grupo Kirch, que tem encontrado dificuldade em negociá-los.

O medo do terrorismo, após os ataques aos EUA no dia 11 de setembro, também trouxe crise à Fifa. A francesa Axa, que liderava o consórcio de seguradores do Mundial, rescindiu o contrato.

Após 17 dias sem seguro, a Fifa conseguiu novo contrato, desta vez com a norte-americana National Indemnity Company.

A falência da ISL também alterou as negociações de patrocínio da Fifa. Hoje, a entidade negocia os patrocínios dos Mundiais diretamente com as empresas, por meio de sua própria companhia, a Fifa Marketing AG.

Segundo um profissional que participou da concretização do acordo entre a Fifa e o Credit Suisse First Boston e preferiu não se identificar, só a decisão da entidade esportiva de assumir a comercialização dos direitos de marketing não foi suficiente para reaver a confiança no negócio.

De acordo com essa fonte, surgiram dificuldades para a emissão dos títulos, como a estabilidade dos recursos garantidores, que tiveram de ser solucionadas.

Os papéis da Fifa estão lastreados apenas nos rendimentos provenientes da comercialização dos direitos sobre a venda de produtos associados ao Mundial.

Não há relação, por exemplo, com os US$ 3,4 bilhões pagos à entidade pelo grupo alemão Kirch para poder vender os direitos de transmissão por TV das duas próximas Copas, em 2002 e 2006.

Hooligans
Hoje o Parlamento japonês aprovou a proibição da entrada de hooligans e ativistas antiglobalização, com antecedente criminal, no país, para evitar tumultos durante a Copa do Mundo do próximo ano.

A emenda na lei de imigração também permite a polícia expulsar qualquer estrangeiro que participar de atos de vandalismo e pequenos crimes, cujas penas forem inferior a um ano de pena.

O número de detentos no Japão está acima da capacidade das prisões -é o maior desde 1972-, segundo a Justiça local.

No ano passado, foram registrados 3,25 milhões de crimes, um aumento de 33% em relação a 1997, o maior nível desde a 2ª Guerra.


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