! Técnico do Quilmes acusa são-paulinos de "farsa" contra Desábato - 14/04/2005 - UOL Esporte - Futebol

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  14/04/2005 - 13h50
Técnico do Quilmes acusa são-paulinos de "farsa" contra Desábato

Da Redação
Em São Paulo

O treinador do Quilmes, Gustavo Alfaro, acusou os jogadores do São Paulo de armarem "uma farsa" para provocar a prisão do zagueiro Leandro Desábato.

AFP 
Gustavo Alfaro, técnico do Quilmes, acusa são-paulinos de "farsa" contra Desábato
O jogador argentino está detido no 34º Distrito Policial de São Paulo por ter feito ofensas racistas ao atacante Grafite, do São Paulo, no jogo entre as duas equipes na noite de quarta-feira.

"Lamentavelmente, terminamos sendo cúmplices de algo que nos deixa mal. Creio que montaram uma farsa", afirmou Alfaro em entrevista ao diário argentino "La Nación". "Dirigentes do Quimes sofreram agressões na saída do estádio, mas nós não vamos fazer nenhuma denúncia", completou.

Segundo o técnico do clube argentino, as acusações contra Desábato são infundadas. "Grafite estava arrependido de sua acusação. O jogador do Quimes não o chamou de 'negro de merda'. O que existe contra ele são depoimentos de jornalistas que afirmam ter lido os lábios de Desábato", disse à rádio Continental.

Em depoimento à polícia na manhã desta quinta-feira, porém, o próprio Leandro Desábato admitiu ter ofendido Grafite, chamando-o de "macaco" e "negrinho", entre outras coisas.

Já o vice-presidente do Quilmes, José Luis Meizner, afirmou que a prisão de Desábato foi exagerada. Para ele, os brasileiros querem mostrar aos europeus que lideram o combate ao racismo.

"Essa detenção não é casual. O fato ganhou magnitude no Brasil porque há uma espécie de competição com a Europa", declarou ao canal de TV a cabo argentino TN.

"Não foi simplesmente um ato de má conduta de um cidadão argentino. Desábato é parte de uma delegação que foi prejudicada sem saber por quê no meio de uma competição mundial para saber quem é menos racista", completou o dirigente.

O elenco do Quilmes, assim como a comissão técnica e os dirigentes, continuam em São Paulo. Segundo Meizner, "não nos moveremos do Brasil até que se solucione o tema".

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