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No Rio de Janeiro

O Paulista largou na frente na decisão da Copa do Brasil. Jogando com extrema autoridade, a equipe dirigida por Vagner Mancini sobrou em campo e derrotou o Fluminense por 2 a 0 nesta quarta-feira à noite, no estádio Jaime Cintra, e deu importante passo para conquistar o título. Márcio Mossoró e Léo fizeram os gols.

Márcio Mossoró, à direita, salta em disputa contra Juan, do Fluminense

Agora, o Fluminense terá que vencer por três gols de diferença na partida de volta, marcada para a próxima quarta-feira, em São Januário. Vitória por 2 a 0 levará a decisão para os pênaltis.

Esta noite, um desavisado que assistiu ao jogo deve ter tido a impressão que o time grande era o Paulista, enquanto o de menor expressão era o Fluminense. Visivelmente nervosos, os jogadores do Flu erraram demais e levaram ao desespero o técnico Abel Braga, que ficou muito irritado com a atuação de sua equipe.

Para piorar a situação tricolor, o técnico Abel Braga não poderá contar com o lateral-direito Gabriel e o atacante Rodrigo Tiuí, que receberam o terceiro cartão amarelo esta noite. Em compensação, o time terá as voltas de Fabiano Eller, Leandro e Preto Casagrande.

Com o resultado positivo, o Paulista encerrou a Copa do Brasil sem ser derrotado atuando no Jaime Cintra. Em seis jogos disputados no estádio, conquistou cinco triunfos e apenas um empate.

Para o jogo decisivo de São Januário, o time de São Paulo terá o retorno do zagueiro Anderson, que suspenso não atuou esta noite, e possivelmente do centroavante Finazzi, que lesionado não pôde jogar. Já Léo, um dos destaques da partida, levou terceiro amarelo e não poderá atuar dia 22.

Antes da decisão, o Paulista enfrenta no sábado o Avaí, em Jundiaí, pela Série B, às 16h. Um dia depois, pela Série A, o Fluminense recebe o Internacional, em Volta Redonda, às 17h.

O jogo
O jogo mal começou e o Fluminense foi obrigado a fazer sua primeira alteração. Aos 6min, Alex sofreu uma lesão na coxa e foi substituído por Rodrigo Tiuí. Com o campo muito escorregadio, já que a administração do estádio encharcou o gramado antes do jogo, os jogadores do Flu tinham dificuldades para ficar em pé.

CASA CHEIA NO RIO

Para tentar reverter a difícil situação, o Fluminense contará com o apoio em massa de sua torcida na partida de volta, que acontece no dia 22, no estádio de São Januário, no Rio de Janeir. Em quatro dias de venda, os torcedores pó-de-arroz esgotaram com os 25 mil ingressos à disposição. No jogo desta quarta, o estádio Jaime Cintra também estava lotado, com pouco mais de 15 mil torcedores. O jogo no Rio correu o risco de ser disputado com portões fechados. O Fluminense seria julgado na última terça-feira por causa de um copo plástico arremessado no gramado na semifinal contra o Ceará. Porém, o julgamento foi adiado para o dia 21 e a partida terá a presença do público.

Em uma dessas quedas, aos 9min, Gabriel permitiu que Márcio Mossoró cruzasse e André Leonel quase abriu o placar de cabeça, acertando a trave esquerda de Kléber. Aos 20min, Juliano bateu da entrada da área no canto de Kléber, que defendeu sem dar rebotes.

O Paulista seguiu dominando e aproveitando o nervosismo de alguns jogadores do Flu. Aos 36min, Julinho cobrou falta direta da lateral do campo e Kléber deu um tapa para mandar a escanteio. A esta altura, o time tricolor só havia dado um chute a gol, sem perigo ao goleiro Rafael.

Irritado com a atuação de sua equipe, o técnico Abel Braga esbravejou na ida para os vestiários. "Foi horrível nosso primeiro tempo. Parece um time que nunca jogou uma final. Estão tremendo", disse Abelão.

Para tentar mudar a atitude do time, Abel sacou o volante Fernando e colocou o lateral-esquerdo Lino, deslocando Juan para o meio.

Nem deu tempo de saber se a mudança surtiria efeito. Logo aos 2min, em um rápido contra-ataque, o Paulista abriu o marcador. Léo fez corta luz e Márcio Mossoró recebeu sozinho. O meia invadiu a área e chutou sem chance para Kléber.

Após o gol, o Paulista recuou e passou a explorar os contra-golpes. Tentando o empate, o Flu passou a ter mais a posse de bola e Juninho, aos 18min, e Gabriel, aos 24min deram chutes que levaram perigo ao gol de Rafael. Aos 26min, os donos da casa deram o troco de Márcio Mossoró, cara a cara, chutou por cima do travessão.

Aos 35min, Juan criou a melhor chance do Flu. Após driblar dois marcadores dentro da área, o ala tocou para trás na saída do goleiro buscando Antonio Carlos, mas Rafael se esticou todo e conseguiu desviar.

Mas, aos 38min, Léo fechou o placar. Fábio Vidal avançou sozinho pela esquerda e tocou para Léo, que sozinho tocou na saída de Kléber. Após o gol, a torcida do Paulista já começou a cantar: "É campeão!".

PAULISTA
Rafael; Lucas, Dema, Rever e Julinho (Fábio Vidal); Fábio Gomes, Cristian, Juliano e Márcio Mossoró; Léo e André Leonel (Jéfferson)
Técnico: Vagner Mancini

FLUMINENSE
Kléber; Gabriel, Igor, Antonio Carlos e Juan; Marcão, Radamés, Fernando (Lino) e Juninho; Alex (Tiuí) e Tuta (Léo Guerra)
Técnico: Abel Braga

Local: Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí (SP)
Árbitro: Wilson de Souza Mendonça (PE-Fifa)
Auxiliares: Erick Bartholomeu Bandeira (PE-Fifa) e Milton Otaviano dos Santos (PE-RN)
Cartões amarelos: Juliano (P), Paulista (P), Fernando (F), Gabriel (F), Tiuí (F), Radamés (F), Juninho (F)
Gols: Márcio Mossoró, aos 2min, Léo, aos 38min do segundo tempo

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