| 29/06/2005 - 19h02 Imprensa argentina vê "pesadelo" e placar "mentiroso" Da Redação Em São Paulo Os sites dos principais jornais argentinos refletiram em suas manchetes sobre a final da Copa das Confederações a mesma perplexidade demonstrada pela seleção argentina durante a vitória brasileira por 4 a 1.
Enquanto o diário esportivo "Olé", que habitualmente ironiza o Brasil, optou na hora seguinte ao encerramento do jogo por um editorial mais sóbrio, o "La Nación" e o "Clarín" se dividiram entre analisar o jogo como um "pesadelo" e como amostra de um "placar mentiroso".
"O campeão do mundo ficou com a vitória, que doeu, mas que deve servir para o futuro", escreveu o "La Nación" em seu site. "Apesar da ampla diferença, o placar foi mentiroso", completou o diário.
O "La Nación" elegeu os gols brasileiros no início do jogo e a demora do técnico da Argentina, José Pekerman, em mexer no time como preponderantes para o destino da Copa das Confederações.
O site do diário aplaudiu Adriano - "marcou em momentos chaves, se mostrou sempre rápido" - e condenou a dupla Cambiasso e Placente - "não funcionaram na tarefa de recuperação de bola".
O "Olé", por sua vez, manchetou "Brasil conseguiu a revanche: goleou por 4 a 1 e é o campeão" e lembrou com tristeza que a "seleção (argentina) não ganha um torneio oficial há 12 anos".
O tom foi mais grave no "Clarín", que viu uma Argentina "impotente" na decisão na Alemanha. "A seleção viveu um pesadelo contra o Brasil", sentenciou o site em sua manchete.
"A Argentina jogou muito mal e caiu por uma goleada inquestionável. Houve muita distância entre um Brasil contundente e uma equipe de Pekerman sem variantes e que parecia esgotada fisicamente", relatou o "Clarín", que elegeu o quarto gol brasileiro como síntese da partida. "Foi um momento de total desconcerto, em que os brasileiro fizeram o que quiseram".
No lance, a seleção chegou a trocar passes por quase dois minutos, com direito à participação do goleiro Dida, até o cruzamento certeiro de Cicinho para Adriano que, além de artilheiro, foi eleito o melhor jogador da competição.
"A Argentina?", questionou ironicamente o "Clarín", "terminou impotente, sem saber o que fazer diante da tremenda superioridade do rival".
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