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  29/06/2005 - 19h45
Otimista, Parreira já reconhece favoritismo do Brasil na Copa de 2006

João Henrique Médice
Enviado especial do UOL
Em Frankfurt (Alemanha)

As convincentes atuações na reta final da Copa das Confederações aumentaram o otimismo do técnico Carlos Alberto Parreira. Após as vitórias sobre Alemanha, na semifinal, e Argentina, na decisão, o treinador acredita que a seleção brasileira deve reconhecer o rótulo de principal favorita ao título da Copa do Mundo de 2006.

Ele acredita que o Brasil passa a ser o principal candidato por ser o atual campeão e por ter em seu elenco os melhores jogadores do mundo. "Temos de absorver esse favoritismo, mas vamos trabalhar para que isso não atrapalhe os jogadores e que eles fiquem com os pés no chão", comentou.

"Temos de jogar com solidariedade e com espírito de equipe, que foi exatamente o que aconteceu hoje contra a Argentina", complementou Parreira, que, pela primeira vez desde 1970, elege a seleção brasileira como favorita absoluta ao título mundial, tendo como principais rivais, segundo ele, Argentina, Holanda, Alemanha e República Tcheca.

"Desde que comecei a trabalhar com a seleção, em 70, o Brasil nunca chegou nesse nível em relação a seus adversários. E sempre que chegou mal, acabou dando trabalho. Em 1994 e 2002, a classificação só veio no último jogo e fomos campeões. E, em outras vezes, quando fomos favoritos, não aconteceu o resultado esperado."

Parreira acredita que o período de 30 dias que teve a seleção sob seu comando serviu para que ele aumentasse a base de análise até a formação do grupo que vai disputar o Mundial da Alemanha, no ano que vem.

"Foi uma competição em que pudemos observar a maior parte dos jogadores. Foram 21 testados e, nos dois últimos jogos, mantivemos a base", comentou o treinador, em tom de aprovação ao trabalho feito desde o início de junho, quando a equipe se juntou para a disputa de dois jogos pelas eliminatórias, contra Paraguai e Argentina.

Além disso, o treinador aprovou a forma como o título foi conquistado, diante de duas seleções que estão entre as favoritas na próxima Copa. "Não foi um título a mais, ou qualquer um. Enfrentamos os donos da casa e a Argentina e ganhamos com todos os méritos, merecendo até um placar mais dilatado na final."

Esquema tático
A formação brasileira das últimas sete partidas foi aprovada por Parreira, apesar da irregularidade por que passaram o quarteto ofensivo, com Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Adriano e Robinho. O desempenho nos dois últimos jogos, porém, deixou o treinador da seleção com ânimo para repetir o esquema tático.

Inicialmente, o Brasil passou por problemas. Eles jogaram bem contra Paraguai e Grécia, mas caíram de produção nos jogos que se seguiram, diante de Argentina, pelas eliminatórias, e México, já na Copa das Confederações. O quarteto melhorou contra o Japão e embalou diante de alemães e argentinos.

"A formação foi aprovada e tem tudo para emplacar, mas vamos continuar avaliando", disse Parreira, que, contudo, não garantiu que o quarteto será mantido até a Copa. "Ainda é cedo para dizer que vamos escalar esses jogadores, mas é a hora de colocá-los para jogar e analisar."

Para que o esquema funcione, Parreira retomou o discurso de todos os jogadores ajudarem na marcação quando o Brasil não estiver atacando. "Tem de ser como foi hoje contra a Argentina, com os meias indo para cima e com os laterais passando, mas também é preciso correr atrás quando se perde a posse de bola."

E ainda mostrou que não terá medo de colocá-los em campo para fazer um time ofensivo. "O problema é que sempre lembramos do que aconteceu na Copa de 94. Só que naquela Copa, precisávamos montar um time consistente. E, hoje, temos jogadores de muita habilidade e qualidade. E o meu trabalho é fazê-los jogar."


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