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  23/03/2006 - 22h57
Nos pênaltis, Grêmio é eliminado pelo 15 de Novembro

Da Redação
Em Porto Alegre

O Grêmio venceu o 15 de Novembro por 1x0, no estádio Olímpico, na noite desta quinta-feira, no tempo normal, mas assim mesmo está fora da Copa Brasil, já na sua segunda fase. O time havia perdido a primeira partida, em Campo Bom, por 1x0, e por isso a decisão foi para os pênaltis. Na série de cobranças o time de Campo Bom ganhou por 6x5.

PERDOADO
O atacante Pedro Júnior errou a sexta cobrança de tiro livre do Grêmio na decisão por pênaltis ocorrida na noite desta quinta-feira, contra o 15 de Novembro, no estádio Olímpico, e acabou como o vilão na partida que eliminou a equipe.

Mas os seus colegas de clube saíram em defesa do atacante, que chutou no poste a sexta cobrança gremista. Leia mais
Classificado, o 15 agora espera o vencedor de Atlético-PR e Volta Redonda-RJ, para saber qual será o inimigo na próxima etapa. No primeiro jogo entre eles, nesta segunda fase, o time carioca venceu por 2x1 e assim vai com a vantagem do empate para o segundo confronto.

Vencer a Copa do Brasil era o principal objetivo do Grêmio na temporada, pois o clube via nela a grande chance de conseguir uma vaga à Libertadores da América de 2007. Agora, eliminado, o clube se concentra no Campeonato Gaúcho, no qual está bem próximo de uma vaga na decisão.

O clube, no domingo, enfrenta o Veranópolis, no estádio Olímpico, na última rodada da fase semifinal da competição, e só precisa de um empate para ir à decisão, contra o Internacional. Caso o Juventude, único clube que ainda pode impedir o Tricolor de se classificar, não vença o seu jogo contra o Santa Cruz nesta última rodada, até mesmo com derrota o time gremista vai à final.

O jogo
O treinador do 15 de Novembro, Leandro Machado, avisara que seu time não atuaria retrancado, mesmo que o empate servisse para a classificação. E foi essa a primeira impressão, pois logo aos 2min, após cobrança de falta da esquerda, Bebeto empurrou a bola para a rede gremista. Mas o jogador estava em situação de impedimento e a jogada foi anulada.

O Grêmio, nos instantes seguintes, empurrado pela torcida, reagiu bem e passou a cercar a área adversária, especialmente pela ponta direita, com o avanço do lateral Patrício. Herrera, atacante que surpreendentemente havia sido escalado à última hora, no lugar de Pedro Júnior, recebeu de Tcheco e ficou na cara do gol, mas chutou fraca, nas mãos de Márcio.

Aos 17, após desferir outro chute fraco contra a meta do 15, Herrera levou vaia da torcida. Mas não se abateu e seguiu, com raça, aprontando uma correria para cima da defesa do time interiorano. O jogo ficava a cada minuto mais tenso, o que se intensificou aos 21, quando o zagueiro Evaldo, do Grêmio, numa dividida acertou um chute na cabeça do atacante Dauri, que teve de deixar nomentaneamente o campo, sangrando.

O mesmo Evaldo, instantes depois, trocou empurrões com Bebeto, mas o árbitro não viu, senão teria de apresentar o cartão vermelho para ambos. Mas o mais nervoso entre todos não era nenhum dos 22 jogadores, mas sim o técnico gremista Mano Menezes, que inclusive foi ameaçado de expulsão pelo árbitro Vinícius Costa.

A intranqüilidade do treinador só não era maior porque o 15 atacava pouco, só em esporádicos e pouco objetivos contra-ataques, e sua meta não era ameaçada. Já o Grêmio era todo pressão e perdeu uma chance clara aos 38, quando Lucas, de cabeça, desperdiçou.

Merecidamente, o gol acabou saindo aos 42. Após sensacional jogada de Marcelo Costa, a bola foi cruzada para Herrera, que desta vez não desperdiçou e de cabeça, dividindo com o goleiro Márcio, fez o 1x0.

No intervalo, o clima de animosidade que se via no gramado se confirmou através de uma briga do técnico do 15, Leandro Machado, com os jogadores gremistas Jeovânio e Patrício - quase indo às vias de fato - e com reclamação dele para com a passividade da arbitragem em relação às excessivas reclamações de Mano Menezez.

"Ele vai para cima, reclama, e não tomam atitude. Estão dando peitaço na arbitragem", esbravejou Machado.

Mano sobre a polêmica, disse que apenas reclamara do árbitro auxiliar porque esse nada fizera no momento do jogo em que o atacante Bebeto, do 15, teria aplicado um soco em Evaldo. "Mas o importante é que o time mantenha o ritmo e a tranqüilidade para conseguir a vaga sem ter de decidir nos pênaltis", disse o técnico do Tricolor.

Entre os 3 e 5min da segunda etapa, em três jogadas ofensivas consecutivas, o ataque da equipe de Campo Bom rondou a meta gremista, aproximando-se do gol de empate que instalaria o pânico entre todos os tricolores que estavam no Olímpico.

O 15 se mostrava mais ambicioso e parecia, assim como o time dono da casa, estar disposto a evitar uma decisão na troca de pênaltis. Mas com essa nova disposição acabou se abrindo, deu espaços ao Grêmio e, foi assim que aos 10min proporcionou o espaço para o contra-ataque, no qual Cris, defensor do time de Campo Bom, fez falta em Ricardinho que tomava a direção da meta, e como já tinha cartão amarelo foi expulso.

O Grêmio ficou com um jogador a mais em campo, superioridade que fez a torcida levantar nas arquibancadas, acreditando que seria mais fácil chegar ao segundo gol, o que daria a vaga. Ele esteve bem próximo aos 16, quando após belo passe de Ricardinho, Herrera chutou para fora, fazendo a bola passar bem próxima ao poste de Márcio, goleiro cada vez mais exigido.

Os constantes lances desperdiçados pelo argentino irritavam os tricolores, apesar de ter sido ele o autor do 1x0. Mano Menezes, entretanto, ao fazer duas trocas aos 22min, não tirou Herrera, preferindo poupar Tcheco, que sentia dores no púbis, substituindo-o por Pedro Júnior - com o que o time ficava com três atacantes - e mudou o lateral-esquerdo. Wellington substituiu Escalona.

E aos 30 Wellington obrigou Márcio a mais uma grande defesa, tornando o goleiro, àquele momento, o herói do tenso confronto, que se aproximava do final. Como última tentativa de evitar as penalidades, o técnico do Grêmio fez nova troca no ataque, colocando Reinaldo no lugar de Herrera.

A pressão se manteve intensa até o último instante, mas o 15 de Novembro resistiu e - com nove jogadores, pois Valdeir também ganhou o vermelho aos 48 - conseguiu levar a decisão para os tiros livres da marca do pênalti, o que lhe garantia 50% de chance de seguir adiante na competição.

A aposta deu certo, pois o time fez 6x5 na série de cobranças e eliminou o Grêmio.

GRÊMIO 1 (5) x (6) 0 15 DE NOVEMBRO

Grêmio
Galatto; Patrício, Pereira, Evaldo e Escalona (Wellington); Jeovânio, Lucas, Tcheco (Pedro Júnior) e Marcelo Costa; Ricardinho e Herrera (Reinaldo)
Técnico: Mano Menezes

15 de Novembro
Márcio; Barão, Marcão, Marília e Cris; Júnior, Rudinei, João Henrique (Doriva) e Valdeir; Bebeto (Aldrovani) e Dauri (Rogério)
Técnico: Leandro Machado

Data: 23/03/2006 (quinta-feira)
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Público: 23.669
Renda: R$ 191.919,00
Árbitro: Vinícius Costa (RS)
Auxiliares: José Franco Filho e André Veras (RS)
Cartões amarelos: Jeovânio, Tcheco (Grêmio); Rudinei, Barão, Marília, Cris, Valdeir, Rogério (15 de Novembro)
Cartões vermelhos: Cris e Valdeir (15 de Novembro)
Gols: Herrera (aos 42min do 1º tempo)
Pênaltis: Patrício, Wellington, Marcelo Costa, Jeovânio e Ricardinho (Grêmio); Aldrovani, Rogério, Rudinei, Júnior, Doriva e Barão (15 de Novembro)


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