| 15/04/2006 - 20h13 Vasco e Inter empatam na estréia no Brasileiro Da Redação No Rio de Janeiro Atual vice-campeão brasileiro, o Internacional caminhava para uma estréia vitoriosa no Campeonato Brasileiro. Mas duas substituições feitas pelo técnico Renato Gaúcho garantiram o empate por 1 a 1 para o Vasco, em São Januário.
TABU DA ESTRÉIA CONTINUA | Com o resultado deste sábado, o Inter manteve uma incômoda escrita que já dura oito anos - não consegue vencer na estréia no Campeonato Brasileiro. A última vez que isso aconteceu foi no distante ano de 1998.
Na ocasião, o Colorado derrotou o arqui-rival Grêmio por 1 a 0, com gol do atacante Christian. Nas outras sete estréias que se sucederam, o Inter perdeu seis, sendo quatro delas no em Porto Alegre, além de um empate, em casa, com a Ponte Preta. | Melhor em campo durante boa parte do segundo tempo, os gaúchos marcaram primeiro, com Adriano, e desperdiçaram outras chances. Mas a dupla Faioli e Abedi, que saiu do banco de reservas, mudou o panorama do jogo e o equilibrou ao ponto de conseguir a igualdade.
Apesar da reação, o time vascaíno lamentou a perda de dois pontos dentro de casa. "Foram dois pontos perdidos pelo que aconteceu no jogo. Massacramos", exagerou o técnico Renato Gaúcho.
Em baixa após a perda do título Gaúcho para o Grêmio, o técnico Abel Braga não esteve em boa jornada. O treinador substituiu os até então "intocáveis" Tinga e Fernandão - este último sentiu-se mal no intervalo - e assistiu passivamente à mudança tática vascaína.
"Empatar fora de casa com um time que se considera favorito ao título é bom resultado", disse Abel Braga, em alusão às declarações do presidente do Vasco, Eurico Miranda, de que o clube dele será o campeão.
INVENCIBILIDADE SEM ELE |  Exatamente um mês depois da saída de Romário, o Vasco empatou com o Inter por 1 a 1 em São Januário e manteve sua invencibilidade sem o polêmico atacante.
Desde que o "Baixinho" trocou o Rio de Janeiro por Miami, nos Estados Unidos, o Vasco disputou cinco jogos e não perdeu nenhum. Foram três vitórias (Flamengo, Iraty e Criciúma) e dois empates (Iraty e Inter).
E o rendimento ofensivo também é favorável. A dupla Valdiran e Edílson, que não foi bem neste sábado diante dos gaúchos, marcou 12 gols nesse período. Leia mais | Agora, ambos se voltam para outras competições durante esta semana. O Vasco decide a classificação para as quartas-de-final da Copa do Brasil, em casa, contra o Criciúma, quarta-feira.
Já o Inter, praticamente classificado, enfrenta o União Maracaibo-VEN, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. O jogo acontece terça, no Beira-Rio.
No Brasileiro, o próximo compromisso será domingo, dia 23. Os gaúchos recebem o Santa Cruz e o Vasco viaja até Campinas para enfrentar a Ponte Preta.
O jogo Os visitantes começaram bem, trocando passes no campo de ataque, mas sem finalizar. Antes dos 10min, a torcida vascaína dava sinais de irritação com o domínio rival.
Mas, aos 11min, Edílson recebeu de Morais e chutou com perigo. Foi o bastante para o panorama se modificar. Um minuto depois, Ramon cobrou escanteio e acertou levemente o travessão.
Em contragolpe rápido, aos 13min, Tinga ficou frente a frente com Cássio, mas chutou fraco, nas mãos do goleiro. O excesso de preciosismo de Edílson impediu que o Vasco abrisse o placar, aos 23min.
O atacante entrou livre, sem qualquer marcador para incomodá-lo. Diante da facilidade, tentou um leve toque por cobertura sobre Clemer. Atento, o goleiro espalmou primeiramente e depois saltou para evitar que a bola entrasse. "O Clemer teve méritos", defendeu-se Edílson.
SEM O DEVER DE CASA | O Vasco não passou sequer no primeiro teste do "projeto 100%". Segundo jogadores e comissão técnica, a ordem era não perder pontos nos 16 confrontos marcados para São Januário - os três clássicos estaduais com o mando vascaíno ainda não têm local definido.
Mas o empate por 1 a 1 com o Internacional acabou com a intenção. "Faltou atitude e personalidade. Tem espaço, vamos pra cima. Temos que ganhar os jogos", desabafou o meia Morais. Desde que o Nacional passou a ser disputado em pontos corridos, o clube não conseguiu fazer do estádio o "caldeirão" esperado. Leia mais | Na seqüência, o jogo caiu de ritmo e os passes errados aumentaram bruscamente. O primeiro tempo, de baixo nível técnico, terminou com vaias da torcida. "Não podemos errar tantos passes", disse o zagueiro do Inter Fabiano Eller. "Precisamos valorizar mais a posse de bola", declarou o técnico do Vasco, Renato Gaúcho. O time cruzmaltino voltou melhor na etapa final e quase marcou aos 6min. Morais conduziu a bola pelo lado direito e rolou para Diego chutar. No reflexo, Clemer espalmou. Mas, no momento seguinte, o Inter surpreendeu.
Após cobrança de falta lateral, Bolívar desviou de ombro e a bola tocou na trave esquerda. No rebote, Adriano tocou para o gol vazio. O Inter passou a dominar o jogo e aos 17min, Fernandão ajeitou e Rafael Sobis chutou para excelente defesa de Cássio.
Dois minutos depois, Adriano cabeceou e a bola passou rente à trave vascaína. Mas o time cruzmaltino empatou aos 28min em uma trama de dois jogadores que começaram no banco de reservas. Faioli rolou e Abedi acertou o canto direito de Clemer.
O empate acordou o Vasco, que pressionou. Faioli chutou da entrada da área e assustou. O mesmo Faioli entrou driblando aos 32min e Clemer defendeu no reflexo. Quando foi à frente, o Inter assustou. Renteria desviou de letra na primeira trave e Cássio defendeu.
VASCO Cássio; Wagner Diniz, Jorge Luiz, Fábio Braz e Diego; Roberto Lopes (Abedi), Ygor, Ramon (Faioli) e Morais; Valdiran (Ernani) e Edílson Técnico: Renato Gaúcho
INTERNACIONAL Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Perdigão, Tinga (Alex) e Adriano; Rafael Sobis (Marcio Mossoró) e Fernandão (Renteria) Técnico: Abel Braga
Data: 15/04/2006 Local: estádio de São Januário, no Rio de Janeiro Árbitro: Sálvio Espínola Filho (SP) Auxiliares: Valter José dos Reis (SP) e Nilson Monção (SP) Cartões amarelos: Edinho (I), Renteria (I) Gols: Adriano, aos 8min e Abedi, aos 28min do segundo tempo
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