| 30/04/2006 - 17h56 Inter poupa titulares para Libertadores, mas vence o Flamengo Do Pelé.Net Em Porto Alegre O Internacional derrotou o Flamengo por 1x0, na tarde deste domingo, no estádio Beira-Rio e se manteve na ponta de cima da tabela do Campeonato Brasileiro. O time gaúcho segue invicto e soma agora sete pontos ganhos em três rodadas da competição. Já o rubro-negro, que vinha de dois bons resultados e buscava confirmar uma trajetória ascendente, estacionou nos três pontos.
Jefferson Bernardes/Vipcomm Alex planta bananeira para comemorar o gol que deu a vitória ao Inter sobre o Flamengo O Colorado atuou com um time reserva, já que na próxima quarta-feira enfrentará o Nacional, de Montevidéu, definindo uma vaga às quartas-de-finais da Libertadores da América e essa é a competição prioritária do clube na temporada. Mesmo assim, conseguiu se impor, diante de um entusiasmado público que totalizou mais de 26 mil pessoas.
E no meio desta semana não será apenas o Inter que esquecerá temporariamente o Brasileirão e se dedicará a outra competição. O Flamengo, na mesma quarta-feira, estará decidindo uma vaga às semifinais da Copa do Brasil, enfrentando o Atlético-MG, em Belo Horizonte, com ampla vantagem, já que no primeiro confronto da fase, venceu por 4x1.
O jogo Embora os dois times demonstrassem ambição ofensiva no começo da partida, não surgiam chances de gol para lado algum. As defesas se mostravam amplamente superiores aos ataques, tanto que o primeiro chute a gol, a favor do Flamengo, saiu somente aos 16min, e assim mesmo sem maior perigo: Juan, de fora da grande área bateu nomeio do gol e Marcelo Boeck defendeu sem maiores dificuldades.
O Inter começou a marcar presença de forma mais concreta depois dos 20 minutos iniciais. Rentería, duas vezes, aos 22 e 23, conseguiu virar o corpo sobre os zagueiros e mirar a meta de Diego, mas em ambas bateu desviado e sem muita força. E aos 28, o gol: na falta sobre Iarley, o meia Alex fez uma cobrança perfeita, acertando o ângulo superior esquerdo do goleiro rubro-negro.
Na seqüência a equipe carioca tentou esboçar uma reação e, na primeira investida o atacante Obina teatralizou uma queda ao chão, tentando a marcação de um pênalti. Além de não atingir o seu objetivo, acabou recebendo um cartão amarelo do árbitro Elvécio Zequetto.
A partir de então, foram 15 minutos monótonos, até o final da etapa, algo admitido pelo técnico do Inter, Abel Braga, mesmo que seu time estivesse vencendo: "Cometemos muitos erros, temos de acertar para segundo tempo". Já o lateral-direito Leonardo Moura deu a receita para a reação do Fla, ao comentar que "precisamos ter maior posse de bola, tranqüilidade, e não perder a cabeça".
O rubro-negro realmente voltou tentando se impor, a partir de uma marcação mais avançada no no meio-campo, mas continuava faltando objetividade no momento da definição. Obina era o mais esforçado, mas a marcação sobre ele era forte, não havia folga, e a chance do empate não surgia. De tal forma que o técnico Waldemar Lemos decidiu fazer duas mudanças ao mesmo tempo em seu time. Entraram Vinícius e Valter Minhoca, saindo Juan e Diego Silva.
O Inter se encolheu, pressionado, e passou a tentar explorar contra-ataques através de Rentería, mas o colombiano, neste domingo, não conseguia repetir suas atuações anteriores e decepcionava. A torcida, naquele momento, se inquietava, temendo sofrer o empate e pedia a inclusão de Chiquinho no time.
Aos 21, para dar alívio aos colorados, Obina mais uma vez simulou uma queda dentro da área, visando um pênalti, e recebeu o segundo amarelo, com o que foi expulso de campo. Mesmo com um jogador a menos, o Flamengo se manteve ousado e aos 24 Minhoca invadiu a área pela esquerda e acertou o poste direito do goleiro Marcelo Boeck.
Abel Braga, técnico do Inter, tentou tirar proveito da vantagem numérica e fez três alterações simultâneas. Saiu o zagueiro Índio, cansado, para a entrada de Ceará; Chiquinho, solicitado pela torcida, substituiu Iarley; e Léo entrou na vaga de Michel.
Valente, o Flamengo continuou se atirando ao ataque e assustando os gaúchos cada vez mais. Mas o time pareceu cansar e, nos instantes finais, foi o Inter quem conseguiu ampliar. Numa cobrança de falta, aos 37, Chiquinho obrigou Diego a uma grande defesa e, aos 38, Léo bateu da entrada da grande área, mas o chute foi fraco e o goleiro defendeu no canto direito.
A oportunidade mais clara naquela final de jogo, aos 40, outra vez foi favorável ao Inter, mas Rentería, sozinho frente à meta flamenguista, chutou por cima. Mesmo assim o atacante foi aplaudido e ouviu seu nome gritado pelos torcedores. A fase do Inter, ficou comprovado, é ótima.
INTERNACIONAL Marcelo Boeck; Elder Granja, Índio (Ceará), Ediglê e Rubens Cardoso; Fabinho, Wellington Monteiro, Iarley (Chiquinho) e Alex; Michel (Léo) e Rentería Técnico: Abel Braga
FLAMENGO Diego; Leonardo Moura, Fernando, Ronaldo Angelin e Juan (Vinícius); Léo, Júnior (Goeber), Jônatas e Renato; Diego Silva (Valter Minhoca) e Obina Técnico: Waldemar Lemos
Data: 30/04/2006 (domingo) Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre Público: 26.147 Renda: R$ 212.844,00 Árbitro Elvécio Zequetto (MS) Auxiliares: Paulo César Pereira de Freitas e Adnilson da Costa Pinheiro (MS) Cartões amarelos: Michel, Rubens Cardoso e Léo (Inter); Jônatas, Obina, Júnior e Juan (Flamengo) Cartão vermelho: Obina (Flamengo) Gols: Alex (aos 28min do 1º tempo)
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