| | 12/08/2006 - 20h06
Flamengo joga mal e empata com a Ponte Da Redação
No Rio de Janeiro Desta vez, nem Obina salvou. No primeiro jogo sem Jônatas, o Flamengo esbarrou na marcação da Ponte Preta e empatou por 0 a 0, na noite deste sábado, no Maracanã, em jogo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Ao contrário da última rodada, quando um gol do atacante baiano aos 44min do segundo tempo assegurou a vitória sobre o Goiás, o time rubro-negro penou com a falta de inspiração de seus homens de frente e por isso segue beirando a zona de rebaixamento, com 18 pontos.
O tropeço no Maracanã não estava nos planos do técnico Ney Franco. Na última sexta, ele declarara que a idéia era conseguir nove pontos nos 12 restantes do primeiro turno e assim deixar o atual campeão da Copa do Brasil entre os dez primeiros colocados.
"Não fomos bem. Agora precisamos recuperar esses pontos fora de casa", disse o técnico flamenguista.
| O CAPITÃO | Com a saída de Jônatas, criou-se a expectativa de quem seria o novo capitão do Flamengo. Neste sábado, o técnico Ney Franco desfez o mistério. A tarja foi entregue a Sávio.
"É uma responsabilidade grande, mas vou dividi-la com todos meus companheiros", disse o novo líder, que é o jogador com mais jogos e mais gols pelo Rubro-Negro do atual elenco.
Nesta ano, a braçadeira de capitão flamenguista teve alta rotatividade. Começou com Renato, depois passou a Diego, Fernando e, por fim, Jônatas. |
Mas a retranca da Ponte deteve o frágil ataque rubro-negro, que só marcou 13 gols em 16 jogos neste Brasileiro. A torcida, que compareceu em bom número, se irritou com o excesso de erros de passe - foram mais de 40 - e vaiou alguns jogadores.
O time campineiro cumpriu o script armado pelo técnico Marco Aurélio. Atuou retrancada e exagerou no antijogo, principalmente no segundo tempo. Foram mais de 25 faltas e diversos pedidos de atendimento médico.
Com o empate assegurado, a Ponte Preta segue sem vencer no Maracanã na sua história. São 12 jogos, com seis empates e seis derrotas. Na tabela deste Brasileiro, a equipe chega aos 19 pontos e fica na área intermediária.
"A equipe esteve muito bem, não deixamos o adversário criar e isso foi muito bom. Tivemos condição até de ganhar o jogo", analisou o treinador Marco Aurélio.
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o embalado Figueirense, em Florianópolis, quarta-feira, às 21h45. O jogo marcará o reencontro do técnico Waldemar Lemos com sua ex-equipe.
Por sua vez, o clube alvinegro de Campinas recebe o Fortaleza, no Moisés Lucarelli, também na quarta, só que às 19h30.
O jogo
O lado esquerdo foi a porta de entrada do Flamengo na defesa adversária. Sávio e Juan incomodaram nos minutos iniciais e em um cruzamento do lateral-esquerdo, aos 3min, Renato chutou e Aranha defendeu.
A postura defensiva deu a Ponte a oportunidade de alguns contra-ataques, mas não muito perigosos. Em contrapartida, a marcação individual exercida pelos paulistas atrapalharam o desempenho ofensivo do Fla.
Apenas aos 13min, Leonardo Moura tabelou com Luizão e chutou com perigo. A ameaça da equipe alvinegra veio aos 20min, em arremate de Luis Mário para fora. O Flamengo ficou preso no bloqueio adversário e os erros de passe sucederam-se. Foi a senha para a torcida se impacientar.
Aos 42min, Leonardo Moura se livrou da marcação e jogou para a área. Luizão dividiu com Preto, que levou a melhor e evitou a finalização. "Equipe deles está toda atrás e estou sozinho na frente. Aí complica", reclamou Luizão, no intervalo.
No início do segundo tempo, enquanto a torcida pedia a entrada de Obina, Renato tentou uma jogada de efeito e perdeu a bola. Almir finalizou, mas mandou para longe. Aos 4min, o time rubro-negro respondeu e Luizão cabeceou por cima do gol.
Aos 7min, Ney Franco atendeu a torcida, colocou Obina no lugar do zagueiro Ronaldo Angelim e abandonou o esquema com três zagueiros. O xodó da torcida ameaçou aos 11min, quando girou em cima de um marcador, mas a zaga o bloqueou.
Termômetro do time, o meia Renato errou muitos passes na saída de bola e irritou os torcedores. Por sua vez, a Ponte Preta cadenciou a partida e intensificou as faltas. Sem muitas perspectivas, o técnico do Flamengo fez a última tentativa e sacou Paulinho para colocar o atacante Fabiano Oliveira.
Porém, desorganizado, o time mandante pouco ameaçou e saiu de campo sob vaias de sua torcida.
FLAMENGO
Diego; Renato Silva (Obina), Fernando e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Paulinho (Fabiano Oliveira), Renato, Renato Augusto (Toró) e Juan; Sávio e Luizão
Técnico: Ney Franco
PONTE PRETA
Aranha; Nei, Preto, Rafael Santos e Wellington; Ricardo Conceição, Carlinhos, Thiago Carpini e Almir (Iran); Luís Mário (Jeancarlos) e Tuto (Velber)
Técnico: Marco Aurélio
Data: 12/8/2006 (sábado)
Local: estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Lourival Dias Filho (BA)
Auxiliares: Alessandro Rocha (Fifa) e Adson Lopes (Ambos da BA)
Cartões amarelos: Leonardo Moura (F), Wellington (P), Tuto (P), Carlinhos (P) e Toró (F)
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