| 27/08/2006 - 19h58 No sufoco, Palmeiras alcança décimo jogo sem perder Da Redação Em São Paulo No sufoco, o Palmeiras reeditou um feito do ano passado. O time alviverde superou a retranca montada pela Ponte Preta em Campinas e arrancou um empate por 1 a 1 neste domingo, depois de estar perdendo por 1 a 0 até os 43min do segundo tempo. Assim, chegou à décima partida consecutiva sem perder no Campeonato Brasileiro e se manteve na zona de classificação para a Copa Sul-Americana da próxima temporada.
O empate cai como a frustração correspondente a um revés para a Ponte Preta. O time campineiro, dono da defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro, encarou o Palmeiras neste domingo disposto a marcar e sair nos contra-golpes. Assim, abriu o placar na etapa inicial e se fechou para administrar a vantagem. No entanto, não resistiu à pressão dos visitantes e levou o empate no fim do jogo.
"Fica um sabor de derrota. A nossa equipe lutou muito, mas não conseguiu o resultado positivo. Pelo que fizemos e por ter ficado tão perto, acho que merecíamos o resultado positivo", lamentou o zagueiro ponte-pretano Rafael Santos.
Com o empate, a Ponte Preta chegou aos 23 pontos e não conseguiu se distanciar da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro - o time de Campinas está a apenas dois do grupo de risco da competição nacional. Em contrapartida, a equipe do interior paulista, atualmente na 15ª colocação, está a três pontos da faixa de classificação para a Copa Sul-Americana.
A três pontos da Ponte Preta, a zona de classificação para a Copa Sul-Americana é uma realidade para o Palmeiras. O time alviverde alcançou 26 pontos e caiu para a 11ª colocação, última entre as que garantem vaga na competição continental do próximo ano.
Para chegar à zona de classificação para a Copa Sul-Americana, o Palmeiras repetiu um feito que havia conseguido no ano passado, quando foi comandado pelo técnico Emerson Leão (atualmente no Corinthians). Neste domingo, a equipe alviverde atingiu a décima partida consecutiva sem sofrer um revés sequer. Assim, igualou a trajetória do ano passado, quando a equipe saiu da 16ª colocação para conseguir uma vaga na Libertadores.
"A nossa equipe foi dentro, brigou por cada lance, lutou pelo resultado até o fim. Isso que nos dá muita felicidade pelo resultado de hoje [domingo], até porque nós corremos muito e procuramos o resultado a todo instante", enalteceu o treinador alviverde Tite.
A próxima partida do Palmeiras está marcada para quarta-feira, quando o time alviverde receberá o Figueirense, às 20h30, no Parque Antarctica. A Ponte Preta terá um dia a mais de descanso e voltará a campo apenas na quinta, quando visitará o Vasco, às 20h30, em São Januário.
O jogo Com duas das piores defesas do Campeonato Brasileiro até aqui, Ponte Preta e Palmeiras resolveram priorizar a marcação no duelo deste domingo, em Campinas. Desde o início, as duas equipes pressionaram a saída de bola do adversário e tentaram deixar a bola o mais longe possível de seu campo. E nesse contexto, o time alviverde, por ter mais jogadores no meio-campo, conseguiu dominar as ações do confronto.
A eficiência na marcação de Ponte Preta e Palmeiras foi tão grande que, apesar de ter mais domínio da posse de bola, o time alviverde não conseguiu criar oportunidades para ameaçar o gol defendido por Jean. A partida ficou concentrada na intermediária, com muita briga das duas equipes pelo domínio da bola.
Diante de um adversário bem postado taticamente e com uma marcação eficiente, o Palmeiras só conseguiu criar em um chute de fora da área do lateral-direito Paulo Baier, aos 37min. O lateral voltou a aparecer aos 42min, quando cruzou bola da direita e Enílton cabeceou à esquerda do goleiro Jean.
Quando o Palmeiras estava melhor e crescia em campo, a Ponte Preta conseguiu abrir o placar. Fábio Baiano conduziu a bola pela direita aos 45min e cruzou para o primeiro pau. Livre de marcação, o atacante Vélber tocou de cabeça e mandou a bola no canto esquerdo de Diego Cavalieri, que nada pôde fazer. "Foi um lance de muito oportunismo. Em uma partida tão brigada, precisamos aproveitar qualquer falha da defesa deles", avisou o autor do gol da equipe campineira.
Em desvantagem, o técnico Tite resolveu alterar de forma drástica o esquema tático do Palmeiras. Ele tirou o zagueiro Nen no segundo tempo, colocou em campo o meia chileno Valdivia e adiantou Edmundo para o ataque. Assim, abandonou o 3-6-1 e migrou para o 4-4-2. "Tínhamos que tentar ter um pouco mais de domínio da posse de bola e mais movimentação ofensiva", ponderou o comandante alviverde.
Apesar das modificações promovidas pelo técnico, o Palmeiras seguiu instável. Sem conseguir encontrar espaço na defesa da Ponte Preta, o time da capital paulista começou a abusar de cruzamentos e chutes de longa distância, mas não teve movimentação suficiente para chegar mais perto do gol.
O ímpeto ofensivo do Palmeiras ainda foi auxiliado pela queda de ritmo da Ponte Preta, que não suportou o ritmo físico da partida e começou a recuar demais. Assim, ofereceu espaço para os visitantes trocarem passes e se concentrou em rechaçar as possibilidades de empate.
A postura extremamente cautelosa da Ponte Preta, entretanto, foi castigada aos 43min. Wendel recebeu na esquerda chutou cruzado, rasteiro. Jean ainda conseguiu desviar e a bola sobrou para Marcinho, que tocou de primeira no segundo pau e empatou o jogo em Campinas.
PONTE PRETA Jean; Régis, Rafael Santos e Preto; Nei, Carlinhos, Thiago Carpini, Fábio Baiano (Almir) e Iran; Luís Mário (Tuto) e Vélber (Danilo) Técnico: Marco Aurélio
PALMEIRAS Diego Cavalieri; Nen (Valdivia), Dininho e Alceu; Paulo Baier (Marcelo Costa), Francis, Wendel, Juninho Paulista, Edmundo (Marcinho) e Michael; Enílton Técnico: Tite
Local: estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP) Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR) Auxiliares: Faustino Vicente Lopes e Aparecido Donizeti Santana (ambos do PR) Cartões amarelos: Régis (PO), Nen (PA), Enílton (PA), Paulo Baier (PA), Fábio Baiano (PO), Juninho (PA), Almir (PO) Gol: Vélber, aos 45min do primeiro tempo; Marcinho, aos 43min do segundo tempo
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