| | 04/11/2006 - 20h05
Figueirense derrota Juventude e já sonha com a Libertadores Da Redação
Em Porto Alegre O Figueirense derrotou o Juventude por 1 a 0, na tarde deste sábado, em Florianópolis, na abertura da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado foi ótimo para os donos da casa, que com os três pontos conquistados passam a sonhar com uma vaga na Libertadores da América. Já o time o time gaúcho não conseguiu se afastar de vez na zona que leva ao rebaixamento, o que era o objetivo básico no confronto.
O Figueirense totaliza agora 49 pontos e dorme a noite deste sábado na 7ª colocação, mas isso porque dois dos três times que ultrapassou, Botafogo e Cruzeiro, só jogam na tarde deste domingo, no complemento da rodada. Já o Juventude, estacionado nos 42, se mantém em 13º - pode ser deixado para trás pelo Corinthians - e fica a seis pontos do primeiro clube da faixa da Segundona, a Ponte Preta, que neste domingo recebe o São Caetano em Campinas.
O jogo deste sábado encerrou a série de confrontos entre catarinenses e gaúchos no Brasileirão 2006, com ampla vantagem para os primeiros. O Juventude, derrotado neste sábado, foi o único que conseguiu somar pontos a favor do Rio Grande do Sul, pois no primeiro turno, em Caxias, vencera por 1 a 0. Já diante de Grêmio e Inter, 100% de aproveitamento para a equipe de Florianópolis, pois venceu os quatro jogos contra a dupla. Somados os pontos desta 33ª rodada o Figueirense, fez 15 pontos em 18 possíveis.
Na próxima rodada o Juventude tem clássico regional contra o Grêmio, no estádio Alfredo Jaconi, enquanto o Figueirense viajará para o ABC paulista, para encarar o São Caetano.
O jogo
A partida começou com o Figueirense sem goleiro. O árbitro Jamir Garcez mandara Andrey trocar de camisa, pois era verde, da cor do adversário, e se esquecera da orientação. Se deu conta assim que a bola rolou, anulou tudo, levou uma vaia, e o jogo teve uma segunda largada.
Como chovia na capital catarinense, o Figueirense tomou a iniciativa de arriscar chutes de longa distância. Foi assim que logo aos 4min, o goleiro André teve dificuldades para mandar para escanteio uma bola de Fernandes, que quicou no gramado e tinha direção de seu canto direito.
Menos de um minuto depois, num cabeceio de Cícero, foi a vez do meia Lauro salvar a meta do time gaúcho, sobe a risca fatal. No rebote, Soares bateu à queima-roupa e o mesmo Lauro aliviou, agora definitivamente.
O Juventude só foi aparecer no ataque aos 19, quando Wellington tentou invadir a área a dribles e acabou derrubado pelo volante Rodrigou Souto, mas o juiz mandou o lance seguir, ignorando o pênalti.
Mas, mesmo que a equipe de Caxias do Sul pouco fizesse ofensivamente, o Figueirense diminuiu seu ritmo e o duelo passou a ser desenvolvido numa zona intermediária do gramado, com poucas emoções.
Aos 39, num levantamento de Lauro da direita, Alexandre ainda teve uma última chance para o Juventude, mas a bola foi alta, não chegando a assustar o goleiro Andrey, que foi para o vestiário exigindo melhoras de sua equipe: "Criamos as melhores situações de gol, mas isso não basta, temos que aproveitar".
Pelo lado do Juventude, o treinador Ivo Wortmann parecia satisfeito com a igualdade, tanto que resumiu os primeiros 45 minutos dizendo que seu time "está fazendo uma partida taticamente muito boa, só temos de acertar alguns detalhes ali no meio".
Os dois times voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações e, como ocorrera na etapa inicial, o Figueirense jogou-se à frente e logo aos 15 segundos Fernandes arriscou chute de longe e André teve de se esticar todo para salvar a bola que tinha a direção de seu canto direito.
Como a chuva fina continuava a cair, a bola estava escorregadia e, aos 7, num cruzamento despretensioso de Carlos Alberto, a bola pegou uma curva, tomou a direção da meta, e quando André foi segurá-la, acabou deixando que escapasse e ela quase entrou para a sua rede. Um susto enorme.
O Juventude administrava bem o empate e se arriscava em contra-ataques, que eram raros. Uma situação que não servia aos donos da casa, tanto que aos 19min o treinador Waldemar Lemos resolveu fazer duas alterações ao mesmo tempo, para deixar seu time mais agressivo. Entraram então Rodrigo Paulista e Tucho, para as saídas, respectivamente, de Fernandes - que já estava pendurado com um amarelo - e Márcio Goiano.
O time melhorou, pois logo depois, aos 24, Cícero arriscou de fora da área e a bola raspou o travessão de André, agitando a torcida que encarava o mau tempo e se mantinha fiel nas arquibancadas. E aos 25, perigo ainda maior, agora numa bomba de Schwenck, que o goleiro do Juventude mandou para escanteio, inclusive machucando o braço esquerdo, tal a dificuldade para espalmar.
O perigo aumentava com o passar do tempo e o Figueirense fazia por merecer o gol que teimava em não sair. Até que aos 33, a recompensa pela insistência: Tucho fez novo levantamento da direita e dessa vez Schwenck ganhou dos zagueiros e de cabeça acertou o canto esquerdo de André para fazer o 1 a 0.
Só então o técnico Ivo, do Juventude, resolveu mudar seu time, mandando um segundo atacante a campo, Cristiano, no lugar do meia Fernando, além de trocar os alas Wellington e Márcio Azevedo, respectivamente por Raulen e Márcio Rozário. Mas o time não melhorou o suficiente para chegar ao empate, complicando-se na tabela.
FIGUEIRENSE
Andrey; Flávio, Chicão, Tiago Prado e Márcio Goiano (Tucho); Carlos Alberto, Rodrigo Souto, Cícero e Fernandes (Rodrigo Paulista); Soares (Vinicius) e Schwenck
Técnico: Waldemar Lemos
JUVENTUDE
André; Rafael, Fabrício e Igor; Wellington (Raulen), Alexandre, Renan, Lauro, Fernando (Cristiano) e Marcio Azevedo (Márcio Rozário); Bruno
Técnico: Ivo Wortmann
Data: 4/11/2006 (sábado)
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis
Árbitro: Jamir Garcez (DF)
Auxiliares: Marrubson Freitas e Edemilson Macedo (DF)
Cartões amarelos: Fernandes, Chicão (Figueirense); Igor (Juventude)
Gols: Schwenck (aos 33min do 2º tempo)
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