| 26/01/2007 - 15h24 Para Platini, elo com Blatter não foi determinante na vitória Das agências internacionais Em Dusseldorf (Alemanha) Eleito nesta sexta-feira para presidência da Uefa (União Européia de Futebol), o ex-jogador francês Michel Platini fez questão de dizer que não deve sua vitória ao apoio que teve do presidente da Fifa, Joseph Blatter.
"Sua intervenção talvez tenha me dado votos, porém, eu tenho certeza também que me tirou outros. Nós nos conhecemos (ele e Blatter) há muito tempo. O que ele ia dizer? Que nós éramos inimigos?", afirmou Platini após ser eleito por 27 a 23, em votação que contou com 52 federações.
Platini, que já foi eleito três vezes o melhor jogador da Europa e levou à França ao título europeu de 1984, foi o organizador da Copa do Mundo da França, em 1998, período em que se aproximou bastante do presidente da Fifa.
Nas últimas semanas, Joseph Blatter tem feito campanha a favor do francês em detrimento ao sueco Lennart Johansson, que estava há 17 anos no comando da entidade e não mantinha bom contato com o chefão da organização máxima do futebol mundial.
Em uma das declarações, Blatter foi bem explicito neste ponto: "Nos últimos oito, nove anos, desde que eu estou na presidência da Fifa, a Uefa tem uma tendência de independência porque é forte, tem os melhores times e os melhores jogadores. Sob novo presidente (Platini), essa família será unida".
Ao final da votação, Platini foi diplomático e mostrou que quer o apoio de Johansson também na Uefa. Como prova disso, pediu ao congresso da organização que aprovasse o sueco como presidente de honra. Os aplausos parecem ter aprovado a idéia. "Lennart, isso é para você", disse Platini.
Antes da eleição, Johansson criticou, em carta ao congresso, Blatter tomar posição por Platini. "Não é o presidente da Fifa, é você, congresso, que tomará a decisão. E nunca devemos mudar em time que está ganhando. Eu acho que sou um técnico de um time vencedor", afirmava o sueco.
Nos últimos anos, o sueco conseguiu transformar a Liga dos Campeões no torneio mais valioso do mundo e tornou isso sua bandeira eleitoral. Platini vai na contramão de ver o futebol como um produto. Entre seus projetos, ele pretende reduzir a Liga dos Campeões da Europa e, para isso, ele vai reduzir o número de vagas às grandes ligas do continente. Além disso, ele manteve o discurso de tratar o futebol como um esporte e não como um negócio.
Este novo formato seria posto em prática, segundo o francês eleito, na temporada de 2009/2010. "Foi uma grande vitória, mas eu não vou comemorar antes que o trabalho comece", afirmou Platini. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |