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Seios turbinados, 34 kg a menos e ensaios sensuais: a nova Rebeca Gusmão

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

07/04/2015 11h03

Virou rotina para a ex-nadadora Rebeca Gusmão, 30, ser confundida nas ruas com...com ela mesma. “Todo dia alguém me diz: ‘Nossa, você parece muito com a Rebeca Gusmão’”, conta, entre risadas, a brasiliense que hoje leva a vida como modelo fotográfica e personal trainer, sete anos após ser banida do esporte por causa de um doping flagrado nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro-2007.

De fato, Rebeca mudou. Está com 70 quilos, dez a menos do que nos tempos em que derrubava recordes brasileiros e continentais nas piscinas, e 34 kg mais leve do que atingiu no auge de uma crise de depressão. O cabelo ondulado de outrora deu lugar a um longo rabo de cavalo de cor amendoada, cuja ponta bate no bumbum, com a ajuda de um aplique “para dar mais volume”, segundo ela própria. O rosto está mais fino, ela parece até estar mais alta, e os olhos estão levemente mais claros. Rebeca jura de pés juntos que não pôs lente. “Meus olhos são dessa cor, meio ocre”, justifica.

Mas, o que realmente faz Rebeca mudar de estilo são os seios. Em 2013, ela conta que raspou o fundo do cofre para acrescentar 1 litro de silicone nos seios (500ml para cada lado). São motivo de orgulho. “Parte que mais gosto do meu corpo hoje são os seios’, elege.

Não tardou e ela aderiu de vez ao estilo “gostosona” em detrimento do antigo jeitão “esportista”. “Meu corpo está ótimo do jeito que está agora. Só quero deixar o abdômen um pouco mais trincado”, planeja. ”Não sou nem a Gisle Bündchen e nem a Gracyane Barbosa. Sou a Rebeca Gusmão, desse jeitinho aqui”, explica.

Os primeiros ensaios sensuais começaram em meados de 2013. Diz ter perdido as contas de quantas sessões já ostentou seu novo corpo. No dia em que clicou para o UOL Esporte, em um hotel de luxo na Asa Sul de Brasília, demonstrou traquejo para posicionar-se ante às câmeras e experiência no trato com o fotógrafo. Foram mais de duas horas de sessão. Para ajudar, uma bebidinha alcoolica, nada pesado, só para desinibir um pouco. “Lá no Rio e em São Paulo, tem fotógrafo que coloca litrão de whisky para soltar mais as modelos”, relatou.

Antes e depois de Rebeca Gusmão - Rubens Cavallari/Folhapress e Sergio Dutti/UOL - Rubens Cavallari/Folhapress e Sergio Dutti/UOL
Rebeca Gusmão na época em que competia e hoje: quanta diferença!
Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress e Sergio Dutti/UOL
Essa nova fase sucede a uma etapa traumática e sombria, talvez o momento mais conturbado da vida de Rebeca. Mais até que o período de acusações de ter se dopado no Pan do Rio-2007. Entre 2012 e início de 2013, ela caiu em depressão. Não tinha mais ânimo para fazer nada. O corpo que hoje tem 70kg, inchou até os 104kg.

Em 2013, foi publicada que ela teria tentado suicídio. O que Rebeca desmente categoricamente. “Por causa dos remédios, não foi intencional, talvez tenha sido uma super dosagem dos medicamentos”, relembra. Com o apoio incondicional da família e tratamento psiquiátrico ela conseguiu se livrar da depressão.

Exibe, com orgulho, mensagens que recebe no Whatsapp elogiosas e “inspiradoras” por ter superado o problema. Hoje, entre um ensaio e outro, dá aulas de personal trainer ao preço de R$ 1.500 mensais. “Sou exemplo para muita gente atualmente, depois de tudo o que passei e estou bem hoje. Não foi fácil”, vibra.

Ainda “brinca” de nadar com seu ex-treinador Hugo Lobo, na AABB, em Brasília, clube em que iniciou a carreira, mas admite que é impossível vê-la de volta às piscinas. “Com esses peitões aqui? Sem chance de voltar a nadar competitivamente”, diz.

E são com “esses peitões” que Rebeca aguarda um convite para dar um passo ainda mais ousado nesta nova fase: posar nua. “É só uma questão de ver a proposta. Se for boa, por que não aceitar?”.