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Pinheiros veta Cielo e técnicos de falarem sobre prisão de Coaracy Nunes

Fábio Aleixo/UOL
Imagem: Fábio Aleixo/UOL

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

06/04/2017 11h29

O Pinheiros vetou perguntas a Cesar Cielo sobre a operação Águas Claras que culminou na prisão de Coaracy Nunes, presidente afastado da CBDA, e outras duas pessoas na manhã desta quinta-feira. O clube realiza evento em sua sede com o campeão olímpico dos 50 m livre em Pequim-2008, atletas e treinadores para apresentar a equipe para a temporada de 2017

"Todos nós surpreendidos por esta notícia. Estamos comemorando e apresentando a equipe. Brasil tem passado por momentos delicados. Acho que é peso muito grande colocar isso nas costas do Albertinho (treinador) e Cesão falarem de notícias apenas que ouvimos falar", disse Mario Gasparini, diretor de comunicação do Pinheiros.

"A posição do Pinheiros é que nós estamos ao lado da Justiça, que não sejam feitos pré-julgamentos e os responsáveis sejam punidos. Emitir opinião sobre pessoas não. Focassem em falar da equipe. O tema da CBDA a gente pode voltar a discutir. Não queremos colocar atletas e equipe técnica em situação delicada", completou.

A única exceção que foi aberta para os atletas falarem da CBDA foi sobre o impacto que isso poderia ter dentro da piscina e no futuro das competições, uma vez que neste ano haverá o Mundial de Budapeste, em julho. A entidade já avisou que por causa de problemas financeiros poderá mandar apenas oito nadadores, que se classificarão no Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio de Janeiro.

Além disso, está prevista para as próximas semanas a eleição para a eleição de um novo presidente.

"A gente controla o que pode controlar. Tem que nadar rápido todo dia. Tem muita coisa que podem mudar nos próximos dias", afirmou Cielo.

"Se são oito atletas são as regras, e tem de classificar os oito melhores, que sejam oito do Pinheiros. Temos de jogar com o que temos", disse João Gomes Junior.

Depois, em papo à parte com os jornalistas, Cielo falou livremente sobre o tema.

Vi [a notícia] antes de entrar na coletiva, pessoal foi falando antes de entramos. Não vou falar que é surpresa inesperada, a operação está rolando há algum tempo, mas é muito triste. A natação está tomando um golpe atrás do outro".