| 07/12/2006 - 18h12 Após briga generalizada, Metodista vai à final da Liga feminina Da Redação Em São Paulo Em um jogo que ficou marcado por uma briga generalizada entre as duas equipes, a Metodista/São Bernardo venceu a Adasa/Esporte Guarulhos por 31 a 26, no ABC paulista, e se classificou para a final da Liga Nacional feminina de handebol.
IMAGENS DA PANCADARIA |
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 Ana Paula (vermelho) e Tayra trocam tapas |  Companheiras de equipe correm para "ajudar" na briga generalizada da partida | VEJA O VÍDEO COM A PANCADARIA |
O duelo corria normalmente até os instantes finais, quando Tayra, da Metodista, e Ana Paula, de Guarulhos, iniciaram uma discussão e, em seguida, trocaram tapas. A confusão envolveu praticamente todas as atletas dos dois times.
Depois de expulsões e ânimos menos acalorados, a partida voltou a ser disputada. Faltando menos de 30 segundos para o final, Lilian, de Guarulhos, que acabara de entrar, agrediu uma atleta da Metodista. A confusão se reiniciou, e a arbitragem optou por terminar o jogo por falta de segurança.
"Ela me disse 'vai jogar handebol', eu falei estou jogando, estou seis gols na frente. Aí a Rose veio e deu na minha cara. Eu não tenho sangue de barata", disse Tayra à "ESPN Brasil", sobre a discussão que iniciou a primeira briga. "É uma falta de respeito com a gente. São ridículas", rebateu Lilian, do Guarulhos.
"O jogo estava bonito. Duas equipes que se respeitam não podem fazer isso. A Confederação tem de fazer alguma coisa", comentou Meg, também da Metodista.
As atletas do time de São Bernardo reclamaram da participação na confusão da técnica do Guarulhos, Marisa Cecilia Loffredo, que também é assistente da seleção brasileira. "Eu entrei na briga para apartar. Sou assistente da seleção com orgulho. Sei me comportar, sei coordenar as minhas meninas. Já não é a primeira vez que acontece. Nossa equipe é muito disciplinada, mas não tem sangue de barata. Por mais que eu queria, chega uma hora que não dá para controlar 14 jogadoras no banco", disse a treinadora.
Antes, falando com as suas atletas, ela afirmou. "É sempre assim, elas sempre começam a brigar. A Metodista não é adversária, é inimiga."
Já o técnico da Metodista, Eduardo Carone Leite, também recriminou toda a confusão. "Ridículo. Estávamos seis gols na frente, não precisávamos disso. É de propósito isso, coisa premeditada. Elas não tinham nada a perder. As imagens estão aí para mostrar. A gente veio para jogar, não para dar porrada. Sabemos perder. Quando perdemos, vamos lá cumprimentá-las. Elas não sabem perder."
De acordo com a delegada da partida, medidas serão tomadas pela CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), que pode punir as atletas envolvidas no confronto.
Jaqueline, da Metodista, e Lilian, do Guarulhos, foram expulsas. Tayra Rodrigues e Rosenilde Santos (Metodista), Ana Rodrigues e Rosemeire Macedo (Guarulhos) foram desqualificadas pela arbitragem, assim como os assistentes técnicos Daniel Soares (Metodista) e Margarida Conte (Guarulhos).
Ainda sem saber se poderá contar com sua força máxima, a Metodista enfrenta na final a Adeblu/FMD/Furb, de Blumenau. O primeiro jogo será em Santa Catarina, dia 13. A segunda partida está prevista para São Bernardo, três dias depois. |