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Pegador de musas, algoz de Djoko sofre com apelido de 'baby Federer'

Búlgaro Grigor Dimitrov comemora vitoria sobre o sérvio Novak Djokovic no Masters de Madri - Dominique Faget/AFP
Búlgaro Grigor Dimitrov comemora vitoria sobre o sérvio Novak Djokovic no Masters de Madri Imagem: Dominique Faget/AFP

Do UOL, em São Paulo

08/05/2013 06h02

Grigor Dimitrov vive fase especial. O búlgaro, de apenas 21 anos, já sofreu com um longo histórico de lesões e o peso das comparações com Roger Federer, mas agora comemora o bom momento. Nesta terça-feira, conquistou uma das vitórias mais importantes de sua carreira ao vencer o número 1 do mundo Novak Djokovic na segunda rodada do Masters 1000 de Madri. De quebra, ainda carrega a fama de 'pegador' de musas do circuito.

Dimitrov causa inveja a muito marmanjo. No mês de janeiro, ele assumiu o namoro com a musa e número 2 do ranking mundial, Maria Sharapova. E a bela russa não é a única top ten no currículo do atleta. Ele também já se envolveu com a norte-americana e melhor jogadora da atualidade, Serena Wlliams.

Dentro de quadra, Dimitrov contou com um forte poder de superação para vencer Djokovic na terça. O búlgaro sofreu uma lesão na coxa e passou a atuar mancando a partir do segundo set. Mesmo debilitado, encaixou bons saques e impôs um triunfo por 2 sets a 1 em mais de três horas de jogo.

Em 2013, Dimitrov atingiu sua melhor forma física e conquistou bons resultados. Foi vice-campeão em Brisbane, no início do ano, ao perder para Andy Murray. Teve bons desempenhos nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami ao cair apenas para Djokovic e Murray, respectivamente.

Ainda conquistou uma elogiada apresentação nas quartas de final do Masters 1000 de Monte Carlo ao fazer um jogo duro de três sets com Rafael Nadal, detentor de oito títulos do torneio.

Nos últimos anos, no entanto, a carreira do atleta não foi tão repleta de momentos felizes após um início bastante promissor – ele venceu os torneios de Wimbledon e o Aberto dos EUA na categoria júnior.

Dimitrov tem um estilo de jogo tão bonito e plástico que ganhou o apelido de ‘baby Federer’. Mas o peso das comparações e as frequentes lesões prejudicaram sua trajetória. Em 2011 já era top 100 do mundo, mas apenas em 2013 alcançou o posto dos 30 melhores atletas do mundo.

Dimitrov se irrita com as comparações com Federer, considerado por muitos o melhor da história. Recentemente, ele declarou que está cansado do apelido. "Sinceramente queria que as pessoas parassem com isso", disse, em entrevista à emissora norte-americana CNN. "Achei muito legal no começo. Mas com o tempo, percebi quem sou eu. Então, estou tentando construir meu próprio estilo", finalizou.

DJOKOVIC PERDE NA ESTREIA

  • Com um excelente saque, Dimitrov saiu vitorioso da partida contra Novak Djokovic. O búlgaro conquistou 13 aces, sete a mais que o seu rival, o número um do mundo.

    O grande momento do jogo aconteceu no 11º game da segunda parcial, quando o búlgaro sentiu uma lesão na coxa e passou a mancar enquanto atuava.

    Mesmo assim, ele manteve a dificuldade para Djokovic e cedeu o segundo set por 10 a 8 no tie-break. Na última parcial, a vitória veio por 6 a 3 após duas quebras de serviço. LEIA MAIS

FEDERER VOLTA A VENCER DEPOIS DE DOIS MESES

  • Outro favorito ao título a estrear em Madri foi o suíço Roger Federer. Após dois meses longe das quadras, ele venceu por 2 a 0 o tcheco Radek Stepanek, parciais de duplo 6-3.

    Essa foi a primeira vitória de Federer desde a derrota para Rafael Nadal em Indian Wells, nos Estados Unidos. Depois disso, ele resolveu se afastar do circuito para se preparar para a temporada de saibro.

    Em Madri, Roger Federer busca seu quarto título. Ele já levantou a taça na capital espanhol em 2006, 2009 e 2012. LEIA MAIS

MURRAY VENCE EM ESTREIA E ALCANÇA 400ª VITÓRIA NA CARREIRA

  • Andy Murray foi o segundo tenista entre os principais do mundo a entrar em quadra nesta terça-feira em Madri. Após Roger Federer vencer de forma tranquila o tcheco Radek Stepanek, Murray sofreu para conseguir passar pelo alemão Florian Mayer. A vitória foi a de número 400 no nível ATP para o britânico.

    No primeiro set, por exemplo, ele só conseguiu o triunfo no tie-break, e em 13 a 11, sendo obrigado a salvar set-points do rival. A parcial durou 1h08min.

    A derrota apertada pareceu ter animado Mayer, que começou o segundo set abrindo 3 games a 0. Porém, a vantagem só durou até o sétimo game, quando Murray conseguiu quebrar e empatar o jogo no game seguinte. A partir daí, a igualdade se manteve até novo tie-break.

    Na parcial decisiva, Murray começou já com um mini-break. Abriu 3 a 0, viu Mayer diminuir, mas em seguida fez 5 a 1, com mais um ponto no saque do rival. A partir daí, o britânico só precisou confirmar os pontos em seu próprio saque para fechar em 7 a 3 e levar a vaga nas oitavas de final.

ÚNICO BRASILEIRO EM MADRI, FEIJÃO CAI NA ESTREIA

  • A passagem do brasileiro João Souza, o Feijão, pelo Masters 1000 de Madrid durou apenas uma partida: ele foi derrotado pelo francês Benoit Paire já na primeira rodada do torneio, em dois sets, parciais de 6-1 e 7-6(0). Feijão sofreu muito no próprio saque e não conseguiu impôr seu ritmo no jogo. Paire, número 37 do mundo, por sua vez, praticamente não cedeu pontos em seus games de serviço. Dessa maneira, acabou a participação brasileira na chave de simples do Masters 1000 espanhol. Feijão, número 121 do mundo, foi o único representante do país, já que Thomaz Bellucci desistiu da competição em razão de lesão que sente desde o torneio de Barcelona, há duas semanas.

VEJA COMO FICARAM AS CHAVES DO MASTERS 1000 DE MADRI