Final prova sucesso de Murray com Mauresmo contra sexismo no tênis
Na madrugada desta quinta-feira, o tenista britânico Andy Murray venceu o tcheco Tomas Berdych e garantiu vaga na final do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada. Para ele, foi a prova de que a parceria com a ex-tenista Amelie Mauresmo já deu certo. Após o triunfo, ele relembrou as críticas com tom sexista recebidas por ter escolhido uma mulher como técnico e fez questão de rebatê-las.
"Muita gente me criticou por trabalhar com ela. Eu acho que, até agora nessa semana, mostramos que uma mulher pode ser uma boa treinadora também", disse Murray, de acordo com o jornal USA Today. O acordo com Amelie Mauresmo, ex-tenista francesa de 35 anos com dois títulos de Grand Slam na carreira e ex-número 1 do ranking, começou em junho de 2014. Antes, ele era treinado por Ivan Lendl, também ex-tenista.
Sob a tutela de Ivan desde 2012, Murray conquistou dois títulos de Grand Slam e um ouro olímpico, em Londres. Quando anunciou a mudança, foi criticado principalmente pela imprensa britânica, mas também publicamente por Virginia Wade, lenda do tênis britânico e com vitoriosa carreira - é a única britânica a ter vencido os quatro Grand Slams.
"Eu sou muito grato à Amelie por fazer isso. Eu acho que foi uma decisão corajosa dela (aceitar treiná-lo) e, espero, vai valer a pena em alguns dias", afirmou, em referência à final do Aberto da Austrália. O adversário sai do confronto da madrugada desta sexta, entre Novak Djokovic e Stan Wawrinka.
Murray relembrou críticas feitas a Mauremos na ocasião da derrota para Roger Federer no ATP Finals, no final do ano passado, quando levou 2 sets a 0 e venceu apenas um game. "Muita gente estava criticando ela no final do ano passado, dizendo que a culpa era dela. Você não consegue mudar as coisas durante um torneio. Não há razão alguma para criticá-la. Eu fiquei muito feliz por ela depois dessa vitória", explicou.
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