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Para ser craque no pôquer, Ronaldo terá que abandonar o número 9 e voltar aos estudos

Ronaldo lamenta durante jogo na sua participação em torneio de pôquer em São Paulo - Fernando Donasci/UOL
Ronaldo lamenta durante jogo na sua participação em torneio de pôquer em São Paulo Imagem: Fernando Donasci/UOL

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

26/04/2013 15h28

Ronaldo pretende apostar na carreira de jogador de pôquer profissional. Nesta sexta-feira, antes de ter início sua primeira experiência em um grande torneio da modalidade organizado por seu novo patrocinador, o campeão do mundo disse que sua presença servirá para associar o jogo com uma prática esportiva, luta antiga do pôquer no Brasil, que ainda conta com resistência de setores da sociedade.

“O pôquer deve ser praticado, traz benefícios para a mente. Quero mostrar que é um esporte saudável, espero passar essa mensagem para as pessoas”, afirmou. “Sempre gostei muito de jogar. No Corinthians, sempre dava uma surra no Paulo André. Quando ele não atuava bem, era porque eu tinha dado uma surra nesse no pôquer”, brincou.

O maior artilheiro das Copas do Mundo, no entanto, só pareceu um pouco desanimado quando foi informado pelo jogador profissional de pôquer André Akkari de que era precisa estudar muita teoria antes de se aventurar na prática. Para começar, ler livros de estratégia, psicologia e estatística aplicada ao jogo.

“Faz tempo que não leio um livro, ainda mais de pôquer. Nas viagens de avião vou aproveitar para ler livros, melhorar o meu jogo. Mas tenho que tirar essas superstições da minha cabeça, do número 9. Sempre acho que o número 9 é um bom sinal, mas não é mais”, brincou, referindo-se ao fato de que no pôquer o 9 é carta ruim.

Ronaldo afirmou que sua paixão pelo jogo começou por causa das longas concentrações que precisava enfrentar quando era jogador. “Sempre pratiquei, entre amigos, em casa, nas concentrações. Imaginam que é divertido, mas uma das piores coisas na vida de um jogador de futebol.

"No Corinthians mesmo, todas as noites a gente fazia uma rodinha e apostava alguma coisa, como alguém servir o outro na hora do almoço, carregar nas costas ou até mesmo correr mais nos treinos”, contou.

Apesar dos inúmeros compromissos, Ronaldo pretende se dedicar cada vez mais ao seu novo ramo. “Tenho uma agenda muito cheia. A Copa do Mundo está chegando e, como todos sabem, estou no COL. Trabalho cada vez mais nesse sentido e também compromissos particulares. Mas quero encaixar alguns torneios na minha agenda, com certeza. Além disso, os prêmios chamam a atenção. Vamos atrás disso também”, finalizou.

Novo contratado para ser garoto-propaganda por uma empresa de pôquer, Ronaldo disputou nesta sexta-feira o LAPT São Paulo, que vai até o dia 30 de abril, em um hotel da capital paulista, onde encontrou fãs e participou de ações promocionais. No entanto, seu desempenho não foi dos melhores. Após pouco mais de três horas de competição, ele foi eliminado. O torneio faz parte de uma das etapas dos campeonatos que a empresa que o patrocina realiza na América Latina.