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Suspenso, Platini diz ter consciência tranquila em último discurso na Uefa

Thanassis Stavrakis/AP
Imagem: Thanassis Stavrakis/AP

Da EFE

14/09/2016 05h37

O francês Michel Platini afirmou no Congresso Extraordinário da Uefa, em Atenas, na Grécia, que tem a "consciência tranquila", que não está chateado com as pessoas que não lhe apoiaram e que vai seguir lutando. O ex-presidente da entidade foi suspenso em 2015 após acusações de corrupção.

"É meu último discurso em um Congresso da Uefa... Não estou bravo com aqueles que não me apoiaram", afirmou Platini, nesta quarta-feira, se dirigindo ao congresso que elegeu o esloveno Aleksander Ceferin como seu sucessor.

"Todos devem agir de acordo com sua consciência", disse em seu discurso, no qual quis lembrar "todos aqueles que esqueceram que o futebol é um jogo" que se joga "em equipe", sem que cada um pense em si próprio.

"Vocês irão continuar com o que fizemos até agora juntos, mas sem mim", acrescentou, salientando que o futebol "em vez de um mercado, é um esporte".

Em um discurso emocionado de despedida, o ex-presidente da entidade e ex-jogador da seleção francesa argumentou que, para milhões de pessoas, o futebol é poder sonhar em ter um filho como Beckenbauer ou Zidane.

O 12º congresso foi a primeira aparição pública de Platini após sua suspensão temporária, há 13 meses, em relação com o escândalo de corrupção da Fifa, que inicialmente seria de seis anos e foi reduzida para quatro anos.

Platini, que aspirava a ser eleito presidente da Fifa, encerra assim uma longa trajetória no comando da Uefa, que teve início em janeiro de 2007, em Dusseldorf (Alemanha), quando ganhou suas primeiras eleições, derrotando o sueco Lennart Johansson.

Desde a suspensão temporária de Platini, o espanhol Angel María Villar dirigiu a entidade de forma interina, período que se encerra nesta quarta-feira quando será eleito o sucessor do francês.

Depois de Villar retirar sua candidatura na semana passada, o esloveno Aleksander Ceferin e o holandês Michael van Praag concorreram ao cargo, com vitória do primeiro por 42 votos a 13.