! ONU confia no esporte para potencializar desenvolvimento mundial - 25/01/2006 - EFE - Esporte
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25/01/2006 - 12h33
ONU confia no esporte para potencializar desenvolvimento mundial

Por Mar Gonzalo Genebra, 25 jan (EFE).- O esporte é uma potente ferramenta para melhorar econômica e socialmente o mundo, avançar rumo à paz e agilizar o desenvolvimento dos países desfavorecidos, defenderam hoje o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge.

Durante seu discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, concordou com os dois líderes ao afirmar que é necessário tirar proveito desse "enorme potencial em benefício de toda a sociedade".

"O esporte favorece a tolerância, o respeito e a paz, o que permite que, em algumas ocasiões, o povo deixe as armas por um momento e se una para jogar ou competir em algum esporte", explicou Annan.

Por sua vez, Rogge explicou que, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, o COI distribuiu US$ 253 milhões entre as diferentes federações para reforçar seus programas esportivos, assim como US$ 244 milhões entre comitês olímpicos individualmente.

Além disso, do total de US$ 1 bilhão arrecadado pelos direitos de televisão e patrocínios, 92% foi redistribuído em benefício do esporte, o que mostra as grandes quantias que podem ser destinadas a melhorar o nível esportivo das sociedades.

O desenvolvimento de infra-estruturas e serviços, a criação de emprego e a geração de riqueza são também vantagens obtidas pelas cidades pelo mero fato de organizar os Jogos Olímpicos, o que acaba gerando um benefício de sua sociedade.

"Esses benefícios não duram unicamente os 16 dias dos Jogos, mas durante muito tempo, beneficiando sua população", apontou Rogge.

Na sua opinião, isso é "só uma amostra do enorme poder e responsabilidade social do esporte com o desenvolvimento mundial".

Segundo Rogge, o maior potencial do esporte é sua enorme rede social, que permite transmitir eficazmente mensagens e valores que cheguem facilmente à sociedade.

O principal responsável da Fifa concordou com Rogge e lembrou que, por exemplo, o futebol envolve cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, um número que pode chegar a até um bilhão se incluídos os entes mais próximos.

Além disso, ele lembrou que a Copa do Mundo de 2002 contou com uma audiência de televisão acumulada de 28 bilhões de pessoas, o que demonstra que "o futebol não entende de cores, religiões, política e gêneros".

O responsável da Fifa disse também que o futebol, assim como outros esportes, pode eliminar diferenças entre povos historicamente em conflito, como é o caso de "Israel e os territórios palestinos, que inclusive trocam jogadores".

Um dos casos mais emblemáticos, no entanto, é o das Coréia do Norte e Sul, que tentarão desfilar como uma única equipe nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

"É hora de demonstrar que o futebol é algo mais que chutar uma bola. É uma rede enorme, em que participam 207 associações nacionais", apontou Blatter, que brincou com Annan pelo fato de a ONU ter 192 países-membros, "um pouquinho a menos que a Fifa".

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