
17/12/2004 - 09h55 Após sequestro, Robinho decide contratar seguranças Por João Carlos Assumpção SÃO PAULO (Reuters) - Depois do sequestro de sua mãe, o atacante do Santos Robinho mudou de atitude e resolveu contratar seguranças. Marina de Souza foi levada no dia 6 de novembro quando dois homens invadiram a casa onde ela prepararia um jantar para três amigos na Praia Grande, e foi libertada na sexta-feira em São Paulo. Para o delegado Alberto Corazza, principal responsável pela investigação do caso, Marina de Souza cometeu um erro primário. Não deveria ter ido ao que chamou de um "bairro de terceira categoria" com um carro que chamava a atenção. Para ele, a mãe de Robinho tinha que ter ido acompanhada de segurança, mas o jogador, apesar de ter sido ameaçado de sequestro no primeiro semestre, costumava andar sozinho. O mesmo acontecia com seus familiares mais próximos. Aconselhado por Wagner Ribeiro, seu empresário, Robinho decidiu contratar seguranças. Mas se recusa a falar sobre o assunto. Abalado com o acontecimento, Robinho passou a evitar a imprensa e a fazer rápidos e esporádicos pronunciamentos. Deu apenas uma entrevista exclusiva a um jornalista espanhol, interessado em saber detalhes sobre sua possível transferência para o Real Madrid. Desde que soube do sequestro de sua mãe, na manhã do dia 7 de novembro, quando estava em Criciúma, com o Santos, Robinho ficou muito abatido. Segundo o jornalista espanhol, do diário As, que esteve com ele, o atleta era o mais abatido da família. Passou a comer menos, teve várias noites de insônia e precisou tomar calmantes para dormir. As negociações com os sequestradores teriam sido deixadas a cargo de Gilson de Souza, pai do atleta, e de Wagner Ribeiro. Mas Robinho chegou a se desentender com o empresário, que deu como certa sua transferência para o futebol espanhol e disse que seria melhor para o futuro do jogador sair do Brasil. No dia seguinte, em entrevista coletiva, o atleta desmentiu as informação. Ribeiro, então, voltou atrás e afirmou que nada falaria até que o caso fosse resolvido. |