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   11h45 - 13/06/2002

Defesa brasileira ainda está muito vulnerável

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Apesar do placar elástico de 5 x 2 contra a Costa Rica na quinta-feira, a defesa da seleção brasileira ainda tem muitos problemas a serem resolvidos, segundo treinadores e especialistas ouvidos pela Reuters.

Leia abaixo os depoimentos:

Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção brasileira tetracampeã em 1994

"Eu acho que o Brasil ganhou com facilidade de um time costarriquenho mal colocado atrás. Fez cinco gols e poderia ter feito mais. O que ficou provado é que ninguém nessa Copa tem um peso de ataque como o Brasil".

"O que preocupa é a facilidade com que os adversários estão criando situações de gol. Além dos dois que (os costarriquenhos) fizeram, eles poderiam ter feito mais dois ou três e isso pode ser fatal daqui para a frente".

"A preocupação é consertar a defesa para não dar o gostinho às seleções inferiores como deu hoje. É de se chamar a atenção o fato de que o Marcos fez tantas defesas quanto o goleiro da Costa Rica. Eles tiveram o mesmo número de escanteios que nós, isso mostra a deficiência do setor defensivo".

"Quem está chegando à próxima fase da Copa do Mundo é quem está organizado na defesa. Essa Copa está comprovando isso -- o poderio do setor defensivo. Se acertamos a nossa defesa vamos estar no caminho certo".

Mario Jorge Lobo Zagallo, técnico da seleção brasileira vice-campeã em 1998

"O Brasil tinha dois times em campo, um do meio para frente e um do meio para trás. O nosso desempenho na defesa está muito ruim, com a defesa desse jeito fica difícil. Mas o importante é vencer, ainda estamos no caminho certo".

"Gostaria de ver o Brasil jogando no sistema 4-4-2, que é a característica do futebol brasileiro. Queria ver o Ricardinho no meio e menos um zagueiro".

Mauro Beting, comentarista da Rede Record

"Do meio para a frente o Brasil tem solução, mas só temos quantidade de zagueiros e não qualidade. Acho que vivemos um momento difícil, porque ninguém confia mais na nossa zaga. A Costa Rica atacou o Brasil como se tivesse jogando contra o time de Honduras. Tradicionalmente os únicos times que atacam o Brasil são a Argentina e a Holanda. O resto joga tudo no contra-ataque. Acredito que a sorte do Brasil é que a França e a Argentina voltaram para casa. Mas acho que nem isso conseguiu abrir o olho da nossa zaga."

"Das três partidas que o Brasil jogou nesta primeira fase, essa foi a que o Felipão melhor posicionou os zagueiros, embora ainda não esteja muito bom.

Roberto Assaf, pesquisador da história do futebol e colunista do Jornal do Brasil

"O Brasil não fez até agora mais do que a obrigação. Venceu a Turquia, a China e a costa Rica, o que estava previsto desde o sorteio. No jogo de hoje, a Costa Rica sabia da necessidade de sair para o ataque porque tinha certeza que a Turquia ganharia a partida contra China. E quando foi para o ataque, abriu espaço para o Brasil".

"Mas a Costa Rica teve pelo menos umas dez oportunidades de gols pela fragilidade da defesa brasileira. Fez dois gols, mas poderia ter feito cinco. Parece que a defesa, brasileira quando vê um time atacar entra em pânico. E isso mostra a 'desnecessidade' de jogar com três zagueiros. Isso nada adianta no ataque."




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