Por John Mehaffey YOKOHAMA (Reuters) - A seleção brasileira precisou de uma hora de sofrimento para conseguir impor seu futebol e vencer a Bélgica na segunda-feira, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo. Com a vitória de 2 a 0, gols de Rivaldo e Ronaldo, o Brasil enfrenta a Inglaterra na sexta-feira pelas quartas-de-final, enquanto os Estados Unidos, que derrotaram o México pelo mesmo placar, pegam a Alemanha. "A Copa começa agora", exclamou um radiante Ronaldo, que com seu quinto gol marcado, se igualou ao alemão Miroslav Klose na artilharia do torneio. "Cada jogo é uma final agora. Vamos pensar na Inglaterra." Rivaldo, que abriu o marcador com um belo voleio aos 22 minutos do segundo tempo, contabiliza quatro gols. A seleção brasileira marcou 13 vezes em quatro partidas, uma média de 3,25 gols por jogo. A partida foi marcada por um lance polêmico envolvendo um gol anulado do atacante Marc Wilmots. Aos 36 minutos de jogo, ele subiu mais que Roque Júnior e cabeceou no canto direito do gol brasileiro. A comemoração deu lugar à decepção, quando os belgas viram, incrédulos, a anulação do gol, marcada pelo árbitro jamaicano Peter Prendergast. "Todos nós achamos o gol válido. Essa anulação mudou o rumo da partida", disse o técnico Robert Waseige, da Bélgica. "Mas o futebol é assim". Wilmots disse depois da partida que o árbitro admitiu a ele ter errado. "Perguntei ao juiz e ele disse que viu as imagens no intervalo que não houve falta, mas era tarde demais." Os Estados Unidos contrariaram todas as previsões e bateram o vizinho México, em Chonju, na Coréia do Sul, por 2 a 0. Brian McBride e Landon Donovan marcaram os gols. "Estou muito orgulhoso de minha equipe. Meus atletas deram tudo em campo hoje", comemorou o técnico Bruce Arena ao final da partida, que foi muito acirrada. Ao total, foram distribuídos 10 cartões amarelos. "Nos conhecemos muito bem, e sempre há clássicos disputados entre as duas equipes. Mas, quando soa o apito final, voltamos a ser amigos", disse Arena, que antes do jogo recebeu votos de boa sorte do presidente George W. Bush.
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